quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Como vai o Brasil

Vejo, observo e assisto nesta Sessão de hoje a vários pronunciamentos indignados sobre determinados aspectos, muito bem apresentados nesta tribuna, que caracterizam o presente momento deste País. Ouvi, inclusive, as meninas que aqui estiveram antes, a Gabrielly e a Júlia, manifestarem parte dessa indignação, dizendo do seu lamento por poucos recursos para a Segurança, de situações em que as pessoas têm dificuldades de pagar suas próprias contas, enquanto o País vai - segundo o pronunciamento da Presidente Dilma Rousseff -, muito bem, obrigado.
Aliás, Ver. Bernardino, eu me lembro hoje de um pronunciamento do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, feito há pouco mais de um ano, em que ele, arrogantemente, afirmava que este País não seria contaminado pela crise internacional e que todo esse tsunami que tomou conta do mundo aqui não passaria de uma breve marolinha. Grande marola foi o seu pronunciamento! Marolinha era a forma como ele entendia que o País iria se enquadrar dentro desse processo econômico-financeiro. Hoje, a Nação estarrecida vê determinadas situações jamais pensáveis diante do pronunciamento do ex-Presidente da República. Hoje, a Nação é informada que, somente no mês de agosto, as empresas multinacionais transferiram para o Exterior a título de lucros e dividendos - só no mês de agosto - 5 bilhões de reais. Isso é a maior remessa já verificada em um mês em toda a história deste País, desde que a mesma tem acompanhamento oficial, isto é, desde 1947. Dizem mais as notícias: este ano, até agosto, por conseguinte, oito meses, dois terços do ano, já se atingia, Ver. Manfro, 26 bilhões e 900 milhões de dólares transferidos para o Exterior na remessa de lucros e dividendos. Isso em um País que não tem 8 bilhões de reais para enfrentar a regulamentação da Emenda nº 29, Ver. João Dib. Então, eu ouço a indignação das meninas, por exemplo, lamentando que os recursos são escassos para satisfazer as mínimas coisas, que os Deputados ganham demais e, ao mesmo tempo, um silêncio absoluto a respeito desses fatos. O cálculo, a estimativa é que essa remessa chegue ao final do ano em 50 bilhões de dólares, o que vale dizer, ao dólar de hoje, serão aproximadamente R$ 100 bilhões. Isso em um País que jamais teria que se preocupar com os acontecimentos internacionais; isso em um País que continua a festejar o ingresso de capital especulativo; que vão à bolsa e que daqui fogem no primeiro momento em que as condições lhes são favoráveis. Agora, momento mais favorável do que esse não poderia ocorrer: lucro extraordinário, lucro em um mês de cerca de 20%, o que, em termos de bilhões de dólares, representa uma sangria muito forte na economia nacional. Então, a indignação que a Casa verifica, a constatação da inanição, corte no Orçamento, redução de recursos para a Educação, redução de recursos para a Saúde, para a Segurança Pública; obras inacabadas; frustração em cima de frustração; o rolo em cima do metrô, que ora se diz que vem e ora se diz que não! Tudo isso, Ver. Tarcísio, custa à Nação. Agora, não podem as pessoas vir à tribuna desta Casa e esquecerem esse fato. Diz o meu querido amigo e futuro Deputado Oliboni que o Governo do Estado do Rio Grande do Sul vai pagar metade dos juros de um empréstimo que o Banco do Rio Grande do Sul vai conceder aos hospitais filantrópicos, com juros de 10.5% ao ano. Vale dizer que o Governo vai contribuir com 25% de 150 milhões para ajudar dezenas de hospitais filantrópicos que estão à beira da falência, quase que na insolvência, em vias de fechamento. E, nesse meio tempo, continua a farra nacional, os discursos na ONU e a sangria na nossa economia com a retirada progressiva, ano após ano, mês após mês, dia após dia, de valores substanciais, carreados da mais alta taxa incidente sobre a economia brasileira em termos de tributação e que obviamente é um Brasil bem diferente daquele que é decantado em prosa e verso nos grandes pretórios internacionais, onde se acha que o Brasil vai muito bem e à vontade; à vontade dos grandes, à vontade dos fortes, à vontade daqueles que estão de donos do Poder e que fazem toda essa ladainha em cima da Bolsa Família e da sangria da classe média brasileira altamente prejudicada em todo esse processo.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Câmara homenageia 10 anos do jornal O Sul

Na tarde desta segunda-feira (19/9), os vereadores da Câmara Municipal homenagearam o jornal da capital O Sul pela passagem dos 10 anos de sua fundação. Segundo o proponente da celebração, vereador Reginaldo Pujol (Dem), o impresso diário tornou-se protagonista por suas características próprias de manifestar diferentes opiniões em seu quadro de colunistas renomados nacionalmente. "O Sul nunca teve medo de expressar a diversidade de opiniões. Isso é marca do gaúcho que nunca peca pela omissão ou falta de opinião", registrou.

Segundo Pujol, o jornal contribui diariamente para o fortalecimento da democracia, reforça o bom conteúdo jornalístico e mostra que a independência é fundamental para a elaboração das notícias. "Que o jornal O Sul continue forte, vibrante e dando a liberdade necessária para que seus colunistas e formadores de opinião traduzam suas posições de forma responsável e bem fundamentada. Este tipo de jornalismo merece sempre ser exaltado", afirmou.

O vice-presidente da Rede Pampa e diretor do Jornal O Sul, Paulo Sérgio Pinto, enaltaceu a personalidade de Otávio Gadret, fundador da Rede Pampa, por sua "clarividência, arrojo e vontade de construir de forma eficiente e com qualidade um grupo de comunicação". Lembrou do início da Rede Pampa, nos anos 70, com a aquisição da primeira emissora de rádio do grupo, a Caiçara AM, que, com "meia dúzia de watts, foi líder em seu segmento".

Desde então, acrescentou Paulo Sérgio, a Pampa nunca parou de crescer, com a aquisição de novas emissoras de rádio e a formação de uma cadeia de TV, até chegar aos anos 2000, com a fundação do jornal O Sul. Paulo Sérgio ressaltou que o Sul, com seu design arrojado, foi o primeiro a apresentar cores em todas as páginas. "É o único jornal brasileiro que possui caderno só de colunistas e, pela pluralidade de opiniões que apresenta, evoca a liberdade de imprensa. É um jornal de domingo que circula no domingo. É um jornal que presta atenção nas coisas do Rio Grande."

O vice-presidente da Pampa observou que, quando nasceu, O Sul foi visto com descrença, mas graças ao competente corpo de colaboradores, aos leitores, aos anunciantes e a segmentos importantes da sociedade, pode-se dizer hoje que o jornal venceu. "O Sul venceu porque obteve o reconhecimento da sociedade gaúcha. Estamos felizes pela homenagem, orgulhosos e agradecidos."

Ester Scotti (reg. prof. 13.387)
Marco Aurélio Marocco (reg. pro. 6062)