Sem prévio aviso
visitei, neste final de semana, vários locais da cidade com os quais
eu tenho alguma coisa em comum.
Comecei ali na Praça
XV, onde tirei minha primeira fotografia em Porto Alegre, com o
competente lambe-lambe que lá era estabelecido. Entre o Chalé
recuperado e as obras inacabadas da Praça XV, me
oportunizaram razões para ir em frente e visitar outras áreas com
as quais eu tenho tido, ao logo do tempo, convivência.
De imediato passei pela
Feira Ecológica na José Bonifácio. Foi uma breve passagem,
preliminar de minha ida no dia
posterior ao Brique da Redenção.
Fui
adiante. Lembrei-me da pracinha que o “Moita”, proprietário
daquele estabelecimento comercial na Ipiranga com João Guimarães,
havia me confiado estar zelando pela pequena praça em frente ao
edifício Salamandra, na rua João Guimarães, 465.
E que é um dos
melhores exemplos de integração entre a comunidade e as atividades
econômicas. O Moita tem como retorno o reconhecimento da comunidade.
Nada mais do que isso. E se sente feliz, eis que a pequena praça que
ele “adotou”e em retribuição os moradores do edifício zelam, é
um belíssimo exemplo de correlação entre a sociedade organizada, a
comunidade e os estabelecimentos comerciais bem dirigidos. Ou seja: dirigidos com
inteligência, porque afinal e ao cabo o Moita esta cativando seus
amigos e vizinhos da redondeza, para um trabalho comunitário que faz
com que seu estabelecimento seja ponto de convergência para todos
que pretendem ter algum lazer.
Do outro lado na rua
Francisco Otaviano, temos a praça Marselhesa. Bela homenagem dos
Portoalegrenses a França seu hino. A praça, felizmente continua
sendo ocupada por pessoas, inobstante há marcas de vândalos que não
se pejaram, de inclusive mutilar a placa que identifica a praça e a
razão de seu nome.
Ali eu vi um contraste.
Na parte da Avenida
Ipiranga, o pessoal da COOTRAVIPA, trabalhava e muito bem, abaixo do
sol inclemente limpava as sarjeta e as bocas de lobo. No outro lado
da praça a boca de lobo só não ficou mais entupida porque eu mesmo
tirei uma prosaica garrafa de refrigerante. Isso evidencia uma
situação que mais tarde eu confirmaria quando visitei a praça
Isaac Ainhorn e observei que o canteiro central da Avenida Princesa
Izabel estava sendo rigorosamente higienizado pela equipe da
COOTRAVIPA. Consultei um de seus trabalhadores se idênticas
providências seriam tomadas na praça lindeira ao canteiro que eles
eficientemente limpavam e organizavam. Fui informado que não era com
eles e sim que isso era atribuição da SMAN. Isso não me convence.
Vou providenciar mais uma vez, numa tentativa para que se organize
uma verdadeira brigada de serviços em Porto Alegre, com a SMAN, DEP,
DMLU, enfim, todos os órgão do Município, se organizem para
trabalhar em conjunto. Afinal a Prefeitura é uma só. E o
contribuinte não contribui somente para os órgãos. Ele faz isso
para o Erário Público.
Eu sei que em alguns
lugares, com a presença da SMED, salva parte da praça. E o restante
como é que fica?
Aliás, depois de
visitar a praça Isaac Ainhorn visitei a Henrique Alpern, o meu
querido “Ferrugem”. Fiquei triste porque aquela pracinha está
merecendo uma boa hogienização. Ali verifiquei que a Escola de
Enfermagem da UFRGS, se encontra localizada de forma lindeira com a
pracinha.
Acho que a Universidade Federal poderia ser chamada para
ajudar na conservação. E todo mundo tem que somar neste sentido.
Finalmente fui bater
com os costados lá na praça Jaime Telles. Praça onde, a 40 ou 50
anos atrás, atirei algumas bolas e consegui, não muitas, mas
algumas cestas com meus parentes que moravam na rua Santana.
As árvores,
maravilhosas, continuam lá, até algumas merecendo ser podadas, Mas
grandes, frondosas, não digo jogadas aos léu, mas cercadas de
detritos, garrafas de vários tipos, de lixo, enfim, sem o devido
cuidado. Ora, no passado a praça
Jaime Telles foi sede de grandes competições esportivas. Hoje é
uma das tantas áreas que merece ser olhada com a atenção que não
tem recebido.
Até mesmo porque na esquina ainda existe os resquícios
do antigo posto da Sagol, que está coberto pelo madeirame, não sei
se na espera de uma vistoria para tratar de sua reutilização.
Foi
uma tarde boa, girei por muitos lugares. Cheguei até a beira do
Guaíba e fui terminar minha noite na minha Restinga. No aniversário
do CTG Porteira da Restinga.
E concluo, dizendo o que
disse ao meu parceiro de jornada:
Fico na dúvida,
se quem me disse que o mundo é inviável,está correto, porque as
coisas não param de acontecer de forma equivocada, ou se o que
constatamos é uma prova de que tem muitas coisas que a gente pode
fazer.
Se cada um fizer o seu
bocadinho.
Vou procurar fazer a
minha parte.