sábado, 21 de março de 2015

OBSERVATÓRIO SOCIAL DE PORTO ALEGRE

Foto: Vicente Carcuchinski / CMPA
Nós vivemos na tarde de quinta-feira, na Câmara de Vereadores, felizes paradoxos.
Recebemos a visita de Diogo Chamun, Presidente do Observatório Social de Porto Alegre; Marice Fronchetti, Vice-Presidente; Dionísio de Souza Nascimento da Silva, Vice-Presidente; Pedro Gabril Kenne da Silva, Presidente do Conselho Consultivo; Edson Garcia, Coordenador Executivo; Air Fagundes, representante do Conselho Consultivo; Professor Meneghetti, representante do Conselho Consultivo; Silvia Grewe, representante do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul.
O mais saliente é que os senhores estão todos aqui sentados, muito bem recebidos, altamente elogiados por suas ações de voluntariado em uma Casa em que ninguém senta nessas cadeiras, se não tiver um partido político. Então, nós que somos vedados de participar do Observatório temos prazer em recebê-los. Eu acho que, nesse exército que, em primeira mão, a gente não podia admitir que pudesse ocorrer, representa um quadro dessa Nação nos dias presentes: a falência dos atuais partidos políticos. Eu sei que todos os que estão – até porque conheço o Gabril de longa data, e conheço o meu Presidente – aqui são pessoas altamente democratas, que não admitem o totalitarismo. E o único lugar onde os partidos políticos foram dispensados não é o lugar que vocês elegeriam adequado para viver e colocar em prática suas ideias. Ninguém de vocês, acredito, gostaria de entrar na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas ou na nossa ilha da fantasia, a ilha de Cuba. A Nação brasileira se encontra vivendo tamanhos paradoxos, e esse é mais um deles. Eu louvo vocês por defenderem posições que, de certa maneira, venho defendido ao longo dos meus 75 anos de idade, desde o tempo em que eu era estudante. Certamente, eu era excomungado porque tinha uma posição divergente daquela que era sempre vitoriosa nas eleições acadêmicas, e já teimavam por ter posições que se identificavam com o dito de esquerda. E, desde aquela ocasião, eu fui rotulado como posição de direita, o que eu assumo com toda a tranquilidade nos dias presentes, porque sou o único liberal assumido desta Casa. Para mim, ter bandeira política, ter lado político é algo absolutamente imprescindível, é ter posição! E acho que a posição de vocês – dos amigos e das amigas –, de buscarem pelo voluntariado para obter alguns resultados práticos que a Nação brasileira não tem vivido nos últimos dias, justifica até aquilo que pode parecer um grande paradoxo, que é esse desgosto, esse desapreço com a atuação dos partidos políticos. Acho que o que vocês estão desaprovando são os partidos políticos que hoje existem, não a vida de pessoas que têm posição, que têm ideias e que delas justificam plenamente toda a sua integridade. Por isso eu quero dizer da minha alegria em vê-los, especialmente os mais jovens – e o Chamun não é porque tem pouco cabelo que eu não possa chamá-lo de jovem, porque nós, de poucos cabelos, somos eternos jovens –, a empunhar essas bandeiras, que são as minhas bandeiras, que são as bandeiras que eu tenho defendido como liberal, como homem de posição, como homem que nunca deixou de se firmar na defesa daquilo em que acredito. E eu acredito naquilo que vocês estão fazendo! Pode ser que essa momentânea impossibilidade de eu participar junto com vocês – porque sou um homem partidário – me criasse alguma dificuldade. Mesmo impedido de participar diretamente, eu fico do lado de fora torcendo por vocês, para que consigam os objetivos, porque esses são os bons objetivos, são os necessários objetivos, são os objetivos que eu acredito e que são indiscutivelmente aquilo que o Brasil está precisando nessa hora. Sejam sempre bem-vindos nesta Casa do Povo.

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Pujol