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| Foto: Elson Sempé Pedroso /CMPA |
Com muita alegria, ouvi
várias manifestações a respeito do aniversário da Cidade. Essa
Cidade que me acolheu nos idos de 1954. Eu ainda estou, sob o alegre
impacto dos festejos do aniversário da Cidade dos quais participamos
- nós e vários outros colegas - lá no Auditório Araújo Vianna,
com a apresentação da Gal Costa. Cantora nacionalmente conhecida,
que a mim surpreendeu, inclusive, matando alguns dos meus
preconceitos de ver uma baiana cantar com muito charme e extrema
competência as músicas do nosso grande compositor Lupicínio
Rodrigues. Mas esse dia, junto com essas alegrias, nos jogou,
fatalmente, para reminiscências. E hoje aqui, acredito que um dos
colegas, não precisaria bem qual deles, lembrou o Lar Santo Antônio,
no extremo da Av. Ipiranga - aquela que se quer ver prolongada
exatamente naquele local -, falando do Prefeito Villela. E falando
num período em que nós fomos partícipes ali, ele como servidor do
Município, nós como eventual diretor do DEMHAB, no crescimento
desta Cidade. Uma Cidade que é uma obra multifacetada, e que várias
mãos, vários olhares, várias visões a construíram. Visões
diferentes, muitas vezes, mas que no fim, ao longo do caminho, acabam
se conciliando, na medida em que, apesar do paisano afirmar que nem
todos os caminhos são para todos os caminhantes, na vida pública,
se busca o bem comum, às vezes, em posições aparente e
absolutamente divergentes que, no fundo, têm alguma convergência.
Aliás, Tancredo Neves dizia com muita propriedade que, quando não é
possível se obter a convergência, é necessário que se organize a
divergência, de tal sorte que ela não seja negativa e, sim,
positiva.
Nesse contexto, e
dentro desta cidade de Porto Alegre que hoje apresenta os seus
conflitos sociais, as suas dificuldades urbanas, mas sobretudo o
empenho de Vereadores, administradores, lideranças comunitárias, de
fazê-la cada vez mais próxima dos anseios gerais da comunidade,
mesmo sabendo que as reivindicações sempre serão superiores à
capacidade do enfrentamento que se possa ter a todo momento e a toda
hora, eu quero, em nome dos Democratas, me somar a essas
manifestações que aqui ocorreram. Quero reafirmar a nossa
disposição de continuar com o mesmo empenho com o qual, em 1972,
iniciávamos a nossa caminhada na vida pública. Agora, aos 75 anos
de idade, espero eu, até que num esforço extraordinário, numa
manifestação juvenil, continuar a contribuir para que a Cidade se
desenvolva.
Penso que é um bom
momento para uma reflexão maior. Divergências numa Casa Legislativa
são o mínimo que se possa esperar de uma ferramenta do Poder
Público, onde a diversidade de opiniões é, Sr. Presidente, a
característica mais fundamental que possa se registrar. Por isso, eu
diria o seguinte: que o aniversário da Cidade, como qualquer
aniversário, se não tem aquele bolinho simbólico, o cantar do
parabéns a você - o nacional e o nosso gaudério - se não se canta
isso, que se cante um hino de amor ao Rio Grande e à nossa Cidade,
comprometido para que, de toda maneira possível, vencendo as nossas
dificuldades e as nossas diversidades, façamos uma soma para que
Porto Alegre seja, cada vez, uma Porto Alegre demais.

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