Hoje, passado o pleito, decidido,
pelo menos no que diz respeito à composição deste Legislativo, volto a tratar
de um assunto que me é muito caro. Falo do Viaduto Otávio Rocha. Aliás, eu vivi
e vivo, com relação ao Viaduto Otávio Rocha, uma das faces mais complicadas da
minha atuação na vida pública. Eu moro muito próximo ao local e sou
frequentemente cobrado por providências de toda ordem envolvendo o viaduto, a
começar pelo enfrentamento de uma situação que já virou, inclusive, tema de
novela, que é a presença dos chamados “moradores em situação de rua”, que já
fixaram residência no Viaduto Otávio Rocha, o que gera protesto de toda ordem, especialmente
dos moradores das cercanias, e mais, efetivamente, da Rua Cel. Fernando
Machado, da Rua Demétrio Ribeiro, da baixa Rua Mal. Floriano Peixoto, Rua José
do Patrocínio, Praça General Daltro Filho e da minha Rua Cel. Genuíno. Por
isso, hoje, eu quero me despojar de toda e qualquer amarra que a minha postura
política possa ter no momento, para dizer que não vou mais esconder esse meu clamor
para com a necessidade de que, urgentemente, se faça, com relação ao Viaduto Otávio
Rocha, uma tomada de posição concreta. Acho que, inclusive, está num momento de
o Viaduto Otávio Rocha permitir a todos um enfrentamento num debate muito
grande, até mesmo a respeito de interpretações de conceitos constitucionais,
entre os quais esses que asseguram aos “moradores em situação de rua” o direito
de dormirem, de viverem debaixo do viaduto como sendo um direito de ir e vir a
eles assegurados. Eu sempre tive discrepância com essa interpretação. O direito
de ir e vir tem de ser interpretado de outra forma, porque quem tem o direito
de ir e vir não tem o direito de ficar, nem de permanecer, prejudicando o outro
direito de ir e vir das outras pessoas que ali não permanecem. Por isso, eu
quero acentuar que existe uma cobrança, e eu tenho solicitado ao Prefeito
Fortunati, faço diretamente a ele, não tinha nenhuma pretensão de torná-la
pública, a respeito do trabalho de um grupo de trabalho que solicitamos em
abril deste ano que está concluindo, cujos resultados ainda são desconhecidos. Nós temos, inclusive, que vencer preconceitos
de quem acha que determinadas coisas não podem ser feitas. Uma vez se falou
numa parceria público-privada para enfrentar o problema, houve lamentações de
toda a ordem. Então, agora, não é discurso pré-eleitoral, eu quero até, dizer
que é preciso que peguemos esse final de mandato e coloquemos o bloco na rua,
cobrando o estabelecimento – o que podemos fazer, e bem, lá na Comissão de
Cultura – de um projeto em cima do qual se elaborem soluções definitivas para
essa situação, objeto deste meu desabafo.

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