Eu gostaria de fazer brevíssimas considerações sobre PIB e Saúde. Especialmente, porque observo que nós vivemos um momento muito especial no cotidiano de nossa Pátria, e isso não pode ser desconsiderado em nenhum momento e em nenhuma circunstância, especialmente, quando se faz análises, e tenho como objetivo contribuir para um debate sério que se estabelece. Nós não podemos, por isso, perder de vista que o Brasil vive um momento especialíssimo, complicadíssimo, e que não adianta a gente dizer que utilizamos cerca de 10% do PIB brasileiro na saúde, quando o PIB brasileiro não para de descer e quando, evidentemente, a aplicação desses 10% são diluídas entre as três esferas da administração pública e também com vários investimentos da iniciativa privada. O que nós estamos discutindo é se, nessa crise brasileira, a saúde que tem pontos favoráveis neste País, dia desses tive em mãos uma entrevista feita na Folha de São Paulo, por um grande pesquisador internacional em que ele demonstra características positivas no programa da saúde da família, na própria implantação do SUS e que, evidentemente, reconhece que esse projeto de universalização da saúde, que ambiciosamente o País tende e busca desenvolver, muito melhor se assenta em um País de economia forte do num País de economia fragilizada, o que é o óbvio dos óbvios. Então, não há dúvida nenhuma de que o desmonte da economia nacional, que ocorreu nos últimos tempos, gera essa situação de que precisamos buscar muita eficiência, muita eficácia nos recursos que ainda podem ser aplicados em programas de saúde para que eles possam produzir os melhores resultados desejados. Assim concordo com o Secretário Municipal de Saúde, Erno Harzheim, quando fala na necessidade de se somar esforços nos vários níveis da administração pública, no envolvimento da sociedade e no engajamento de cada um de nós em particular. Nós sabemos que essas dificuldades econômicas e financeiras do País acabam refletindo fortemente na saúde. Eu diria o seguinte: grande parte das pessoas que se amontoam nos hospitais buscando internação, se fosse outra a situação econômica do País, tivessem seus familiares uma melhor capacidade de renda do que efetivamente têm, não precisariam se encontrar ali, eles liberariam vários dos leitos hospitalares hoje literalmente tomados, especialmente naqueles hospitais da rede que atende o SUS. Dentro dessa linha, é preciso nós todos para fazer um esforço em favor da eficácia, da eficiência e do bom resultado da saúde, entendamos que nós precisamos fazer um esforço com o conjunto da Administração, utilizando bem os recursos disponíveis e fazendo com que esse percentual, que pode ser baixo ou pode ser alto no dia de hoje, seja real e não uma ficção, porque de pouco adianta dizer que o País utiliza 10% do PIB quando esse PIB está desgastado. Preferia que fosse 8%, mas que o PIB estivesse em crescimento e que tivesse uma melhor situação econômica no País, que o povo ganhasse melhor, que o salário fosse pago em dia em todos os lugares, que não houvesse onze bilhões de desempregados. Esses são necessariamente clientes para aumentar as dificuldades da saúde em todo o País. Por isso, gostaria de pedir ao Secretário, que resista, não desista, vamos continuar, as dificuldades são grandes, mas tem muitas pessoas que querem lhe ajudar, especialmente quero que me inclua, pois modestamente, seus planos para a zona sul são muito positivos. Queira Deus que em breve a gente comece a implementá-los hora a hora, momento a momento. Que tenha êxito na sua empreitada!
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Pujol