Sra. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, eu quero dizer à nossa convidada Márcia Cavalcante da nossa alegria em recebê-la. Aliás, o dia de hoje, para mim, é muito significativo. Eu sou marido de uma bibliotecária e pai de um escritor. Quando a Fernandinha me convidou para fazer parte da Frente da Leitura, eu disse: “Olha, eu não tenho como deixar de reconhecer que sou parte interessada no assunto.” Márcia, eu fico muito alegre em saber desse trabalho de vocês e fico mais feliz ainda em ver o entusiasmo da Fernanda, falando com vibração, mexendo com a gente. Fernanda, não sei se tu sabes, mas cada vez que tu dizes que a exceção é a Restinga, eu fico numa felicidade enorme, porque eu ajudei a criar essa exceção. E lamento que a Restinga seja a exceção, que não se inclua a Zona Norte de Porto Alegre, que não se incluam outras áreas, Ver.ª Maria Celeste, que nós não tenhamos, por exemplo, lá na Santa Rosa, na Santo Agostinho ou no Parque dos Maias, uma biblioteca que pudesse fazer o que hoje se faz lá na Restinga, Ver. Mario Fraga. Eu soube, inclusive, para alegria de meu filho, que ele foi convidado a ir à Feira do Livro da Restinga. Lá ele encontrou a Ver.ª Fernanda, que comprou um livro seu. Depois que ele soube que tu eras Vereadora, ele disse: “Mas eu devia ter dado esse livro!” Mas eu disse que não, que era bom que ainda houvesse gente que comprasse livro neste País!
Eu já estou com 71 anos de idade e me lembro, Ver. Dib, há 60 anos ou mais, lá em Quaraí, de que o meu pai, que tinha cursado até o terceiro ano primário e, obviamente, tinha algumas dificuldades em leitura, nunca regateou oportunidade de me possibilitar o acesso à leitura. Na ocasião, os livros eram mais raros, não tinha televisão, não tinha nada disso. Eu lembro que eu aprendi a ler no Estado do Rio Grande, um jornal que os integrantes do antigo Partido Libertador publicavam, tinha circulação acho que semanal, não era diário, era dirigido pelo Dr. Décio Martins Costa. Meu pai, maragato que era, assinava aquele jornal, e eu aprendi a ler ali. Depois, ele me deu um presente que eu nunca vou esquecer. Quando eu fiz 11 anos, ele me informou que tinha feito uma assinatura da revista Seleções Reader’s Digest, que era o máximo, que mexia com os nossos sonhos, falava em coisas que eu jamais imaginava que um dia teria a oportunidade de conhecer. Falava na possibilidade da televisão, da telefonia sem fio, de tudo isso que hoje presenciamos, nessa transformação que o milênio acaba de trazer.
Então, Fernanda, quero te cumprimentar pela iniciativa de ter trazido aqui, para conversar conosco, a nossa convidada Márcia Cavalcante e dizer o seguinte: tu sabes que eu tenho procurado contribuir com a Frente de Leitura, sabes que a minha condição de Vereador único de um Partido me deixa com algumas dificuldades de acompanhar todos os atos que tu organizas, mas sabes, também, que a presença da Márcia hoje, aqui conosco, foi uma forma de reaquecer a nossa Frente, e que algumas outras vitórias nós vamos festejar dentro em breve. E, quem sabe, eu fico na expectati va de que o Ver. Dib, segundo tu informas, já nos dê o primeiro grande presente com a informação que nos trará no dia de hoje. Era isso, Sr. Presidente. És sempre bem-vinda, Márcia, podes contar com a gente! Tem alguns Gabinetes à tua disposição, inclusive o meu!
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