Foto: Ederson Nunes/CMPA |
Gostaria de cumprimentar o
arquiteto, Lucas Volpatto, representante do Instituto dos Arquitetos do Brasil –
IAB/RS, Departamento do Rio Grande do Sul pelo seu pronunciamento na Tribuna
Popular do dia 23 de agosto.
Acho extremamente importante e
atual, na medida em que estamos vivendo algumas situações, até mesmo aqui na
Câmara de Vereadores, onde o Projeto Monumenta entra em discussão direta ou
indireta.
Acho que suas inteligentes
observações feitas devem contribuir para que algumas coisas aconteçam em nível
Legislativo, muitas das quais já preparadas para acontecer. A primeira delas,
faço questão de realçar, é que não é a intenção do Parlamento Municipal dar
guarida a qualquer ação que, eventualmente, possa diligenciar direta ou
indiretamente na extinção ou negação da participação do Município no Fundo
Monumenta.
Talvez quem fala em sua extinção,
esteja vivendo momentos de complicação que já começam em Brasília, muitos dos
quais falando lá em até extingui-lo. Nós aqui não entraríamos em nenhum projeto
dessa ordem. Aliás o próprio Governo Municipal, protocolou uma emenda mês
passado, excluindo, de forma explícita, o Fundo Monumenta e estabelecendo o seu
permanente compromisso com a finalidade pelos quais ele foi instaurado. Isso
não importa que a gente deixe de discutir o projeto global de preservação dos
prédios de valor histórico-cultural no Município de Porto Alegre, os quais eu,
declaradamente, entendo que têm sido vítimas de exageros absolutamente
desnecessários e contrários à verdadeira preservação. Porto Alegre, hoje – não
tombados, mas listados –, tem cerca de 5 mil imóveis e não tem condições sequer
de cumprir as suas finalidades em 500, que são 10% do total.
O arquiteto, Lucas
Volpatto, com muita propriedade, colocou que, na ênfase de preservar os prédios
públicos, patrimônios tombados e atirados, se pratique exageros que comprometam
seus objetivos. Ultimamente, a gente vê com alegria que a antiga Escola de
Engenharia foi recuperada pela Universidade Federal e vai ser aberta ao público
dentro de muito breve, com um bom auditório, com várias situações dignas de
serem preservadas e, mais do que dignas, que obrigatoriamente precisam ser
preservadas. Então a sua vinda ao Plenário da Câmara, nos permite o
enfrentamento desse assunto com a maior tranquilidade possível, porque, muitas
vezes, as pessoas dizem "olha, o Ver. Pujol é contra o patrimônio histórico".
Muito antes pelo contrário, sou a favor, tanto que quero preservar mesmo, não
atirado como ficou por muito tempo, e ainda continua, o viaduto Otávio Rocha,
completamente desvirtuado da sua finalidade, o qual espero que, com um esforço
coletivo de toda a sociedade porto-alegrense, possa ser restaurado na sua
plenitude não só pelo seu valor arquitetônico e cultural, mas, sobretudo, pela
simbologia que representa dentro da cidade de Porto Alegre.
Agradeço a vinda do
representante do IAB/RS, Lucas Volpatto, assim como suas sábias e bem formuladas
colocações a respeito do tema.
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Caro amigo.
Obrigado por sua participação.
Pujol