segunda-feira, 10 de setembro de 2018

PROJETO MONUMENTA EM DISCUSSÃO

Foto: Ederson Nunes/CMPA

Gostaria de cumprimentar o arquiteto, Lucas Volpatto, representante do Instituto dos Arquitetos do Brasil – IAB/RS, Departamento do Rio Grande do Sul pelo seu pronunciamento na Tribuna Popular do dia 23 de agosto.
Acho extremamente importante e atual, na medida em que estamos vivendo algumas situações, até mesmo aqui na Câmara de Vereadores, onde o Projeto Monumenta entra em discussão direta ou indireta.
Acho que suas inteligentes observações feitas devem contribuir para que algumas coisas aconteçam em nível Legislativo, muitas das quais já preparadas para acontecer. A primeira delas, faço questão de realçar, é que não é a intenção do Parlamento Municipal dar guarida a qualquer ação que, eventualmente, possa diligenciar direta ou indiretamente na extinção ou negação da participação do Município no Fundo Monumenta.
Talvez quem fala em sua extinção, esteja vivendo momentos de complicação que já começam em Brasília, muitos dos quais falando lá em até extingui-lo. Nós aqui não entraríamos em nenhum projeto dessa ordem. Aliás o próprio Governo Municipal, protocolou uma emenda mês passado, excluindo, de forma explícita, o Fundo Monumenta e estabelecendo o seu permanente compromisso com a finalidade pelos quais ele foi instaurado. Isso não importa que a gente deixe de discutir o projeto global de preservação dos prédios de valor histórico-cultural no Município de Porto Alegre, os quais eu, declaradamente, entendo que têm sido vítimas de exageros absolutamente desnecessários e contrários à verdadeira preservação. Porto Alegre, hoje – não tombados, mas listados –, tem cerca de 5 mil imóveis e não tem condições sequer de cumprir as suas finalidades em 500, que são 10% do total. 
O arquiteto, Lucas Volpatto, com muita propriedade, colocou que, na ênfase de preservar os prédios públicos, patrimônios tombados e atirados, se pratique exageros que comprometam seus objetivos. Ultimamente, a gente vê com alegria que a antiga Escola de Engenharia foi recuperada pela Universidade Federal e vai ser aberta ao público dentro de muito breve, com um bom auditório, com várias situações dignas de serem preservadas e, mais do que dignas, que obrigatoriamente precisam ser preservadas. Então a sua vinda ao Plenário da Câmara, nos permite o enfrentamento desse assunto com a maior tranquilidade possível, porque, muitas vezes, as pessoas dizem "olha, o Ver. Pujol é contra o patrimônio histórico". 
Muito antes pelo contrário, sou a favor, tanto que quero preservar mesmo, não atirado como ficou por muito tempo, e ainda continua, o viaduto Otávio Rocha, completamente desvirtuado da sua finalidade, o qual espero que, com um esforço coletivo de toda a sociedade porto-alegrense, possa ser restaurado na sua plenitude não só pelo seu valor arquitetônico e cultural, mas, sobretudo, pela simbologia que representa dentro da cidade de Porto Alegre. 
Agradeço a vinda do representante do IAB/RS, Lucas Volpatto, assim como suas sábias e bem formuladas colocações a respeito do tema.

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Caro amigo.
Obrigado por sua participação.
Pujol