Sra. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras,
não podia ser diferente o fato de, na tarde de hoje, surgir um pronunciamento
de regozijo com a confirmação de que, no dia de amanhã, será oficialmente
afirmada, reafirmada e confirmada para todo o Estado do Rio Grande do Sul a
decisão do Governo Federal de aportar R$ 1 bilhão para a execução do projeto do
metrô na cidade de Porto Alegre.
Eu, sinceramente, quero dizer que reconheço no
Prefeito Fortunati uma obstinação com esse objetivo, e que, nesse sentido, ele
está amplamente vitorioso, no dia de hoje, por ter conseguido essa façanha, o
que não faz com que, Vereador Líder do Partido Democrático Trabalhista da Casa,
Ver. Mauro Zacher, eu entre na corrente desse festejo ilimitado que o anúncio
está provocando na Cidade. Honestamente, nisso não há sequer a mínima intenção
de diminuir o feito do Prefeito Fortunati, mas triste Cidade, triste Estado que
festeja e se contenta com 40% de um projeto que, no restante do País, foi integralmente
bancado pelo Governo Federal. É isto que nós estamos a festejar, a
sensibilidade da Presidente da República, que, depois de ter mourejado neste
Estado por longos anos, sabia que esta é uma luta histórica que vem se
desenvolvendo no Estado, e acerca disso eu, inclusive, já era cético. Eu já não
acreditava na possibilidade de que isso viesse a ocorrer, porque não era a
primeira nem a segunda, era a enésima campanha que se realizava em favor do
metrô, sem que a obra se realizasse.
O Município vai sangrar forte, porque terá que aportar
R$ 600 milhões para o empreendimento, dos quais 50%, ou seja, R$ 300 milhões
virão de recursos orçamentários, R$ 20 milhões durante 15 anos e os outros R$
300 milhões do financiamento. Bom, porque o juro é baixo, mas todos precisam
entender, de uma vez por todas, que financiamento não é verba a fundo perdido,
é recurso que entra e que, depois, volta com a devida correção e o devido juro.
Então, eu quero lembrar, nesta hora, a circunstância de que, há 30 anos, em torno
disso, constituiu-se aqui, no Estado do Rio Grande do Sul, nos Municípios de
Porto Alegre, Canoas e também Sapucaia, a Trensurb totalmente bancada pelo
Governo Federal, porque o Governo do Município de Porto Alegre, na ocasião
comandado pelo Prefeito Villela ou pelo Ver. Dib, quando se encontrava na
Prefeitura, aportou as linhas do antigo leito da viação férrea e a Estação
Ildefonso Pinto como a sua contrapartida na formação do capital da empresa que
se constituiu. E esses valores, transformados em ações da empresa, foram
posteriormente indenizados pelo Governo Federal, que assumiu o ônus de todo o
projeto da Trensurb. Por isso, quando eu ouço falarem, de forma tão abusiva, a
respeito das coisas que acontecem neste País, proclamando-se grandes feitos, eu
quero dizer que, no período em que nós tivemos a oportunidade de sensibilizar
um Governo Federal, que foi sensível, nós não obtivemos... (Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)... só 40% para concluir uma grande obra; nós sensibilizamos o
Governo, o Governo da União, detentor dos grandes recursos desta Nação, para,
integralmente, financiar e bancar a Trensurb aqui na Região Metropolitana.
Amanhã, seja bem-vinda a Presidente. Espero que,
para alegria do Prefeito Fortunati e do Ver. Brasinha, seja reafirmada a sua
disposição de trazer esse bilhão, que é uma mão na roda, sem dúvida nenhuma,
mas que não pode ser saudado com tanto entusiasmo, porque o Município de Porto
Alegre e o Estado sangrarão fortemente para poder, em cinco anos, Vereador,
realizar essa obra. Muito obrigado.
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Pujol