terça-feira, 29 de novembro de 2011

Sessão Plenária de 13 Outubro 2011


Sra. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, não podia ser diferente o fato de, na tarde de hoje, surgir um pronunciamento de regozijo com a confirmação de que, no dia de amanhã, será oficialmente afirmada, reafirmada e confirmada para todo o Estado do Rio Grande do Sul a decisão do Governo Federal de aportar R$ 1 bilhão para a execução do projeto do metrô na cidade de Porto Alegre.

Eu, sinceramente, quero dizer que reconheço no Prefeito Fortunati uma obstinação com esse objetivo, e que, nesse sentido, ele está amplamente vitorioso, no dia de hoje, por ter conseguido essa façanha, o que não faz com que, Vereador Líder do Partido Democrático Trabalhista da Casa, Ver. Mauro Zacher, eu entre na corrente desse festejo ilimitado que o anúncio está provocando na Cidade. Honestamente, nisso não há sequer a mínima intenção de diminuir o feito do Prefeito Fortunati, mas triste Cidade, triste Estado que festeja e se contenta com 40% de um projeto que, no restante do País, foi integralmente bancado pelo Governo Federal. É isto que nós estamos a festejar, a sensibilidade da Presidente da República, que, depois de ter mourejado neste Estado por longos anos, sabia que esta é uma luta histórica que vem se desenvolvendo no Estado, e acerca disso eu, inclusive, já era cético. Eu já não acreditava na possibilidade de que isso viesse a ocorrer, porque não era a primeira nem a segunda, era a enésima campanha que se realizava em favor do metrô, sem que a obra se realizasse.

O Município vai sangrar forte, porque terá que aportar R$ 600 milhões para o empreendimento, dos quais 50%, ou seja, R$ 300 milhões virão de recursos orçamentários, R$ 20 milhões durante 15 anos e os outros R$ 300 milhões do financiamento. Bom, porque o juro é baixo, mas todos precisam entender, de uma vez por todas, que financiamento não é verba a fundo perdido, é recurso que entra e que, depois, volta com a devida correção e o devido juro. Então, eu quero lembrar, nesta hora, a circunstância de que, há 30 anos, em torno disso, constituiu-se aqui, no Estado do Rio Grande do Sul, nos Municípios de Porto Alegre, Canoas e também Sapucaia, a Trensurb totalmente bancada pelo Governo Federal, porque o Governo do Município de Porto Alegre, na ocasião comandado pelo Prefeito Villela ou pelo Ver. Dib, quando se encontrava na Prefeitura, aportou as linhas do antigo leito da viação férrea e a Estação Ildefonso Pinto como a sua contrapartida na formação do capital da empresa que se constituiu. E esses valores, transformados em ações da empresa, foram posteriormente indenizados pelo Governo Federal, que assumiu o ônus de todo o projeto da Trensurb. Por isso, quando eu ouço falarem, de forma tão abusiva, a respeito das coisas que acontecem neste País, proclamando-se grandes feitos, eu quero dizer que, no período em que nós tivemos a oportunidade de sensibilizar um Governo Federal, que foi sensível, nós não obtivemos... (Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)... só 40% para concluir uma grande obra; nós sensibilizamos o Governo, o Governo da União, detentor dos grandes recursos desta Nação, para, integralmente, financiar e bancar a Trensurb aqui na Região Metropolitana.
Amanhã, seja bem-vinda a Presidente. Espero que, para alegria do Prefeito Fortunati e do Ver. Brasinha, seja reafirmada a sua disposição de trazer esse bilhão, que é uma mão na roda, sem dúvida nenhuma, mas que não pode ser saudado com tanto entusiasmo, porque o Município de Porto Alegre e o Estado sangrarão fortemente para poder, em cinco anos, Vereador, realizar essa obra. Muito obrigado.

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