Me manifesto sobre o
PLE nº 033/14, que desafeta área de uso comum do povo, em área
lindeira ao Hospital Nossa Senhora da Conceição, situada no bairro
Cristo Redentor, autoriza a dação em pagamento do imóvel e revoga
a Lei nº 5.655, de 25 de outubro de 1985.
Esta lei esconde o
essencial.
A revogação da lei é
para que produza efeito uma vontade política do Executivo Municipal
de prestigiar o Hospital Nossa Senhora da Conceição, o Grupo
Hospitalar Conceição, ensejando a oportunidade de que ele,
efetivamente, regularize, por incrível que pareça, mais de 50 anos
depois, objetivamente, as construções que compõem aquele complexo,
e, mais do que as que o compõem, algumas que estão em projeto para
serem realizadas.
Ora, o Grupo Hospitalar
Conceição, em que pese ter uma situação jurídica um tanto
complexa, e, até, de certa forma, contraditória, porque o GHC ainda
é uma sociedade anônima, não alterou esse quadro; sociedade
anônima cujas ações, todas elas, são do Governo da União, que as
desapropriou do interesse público para que não fechasse aquele
grupo hospitalar, para que não tivessem descontinuidade os bons
serviços que o Conceição, o Cristo Redentor, o Hospital da
Criança, do Idoso e o Fêmina oferecem para a cidade de Porto
Alegre.
Então, quero ressaltar
este aspecto: essa é uma característica positiva do Governo do
Município de Porto Alegre.
Se nós olharmos o
Programa Minha Casa, Minha Vida, verificamos que Porto Alegre já deu
mais de um milhão de metros quadrados para a Caixa Econômica
Federal para a construção de habitações para pessoas que percebem
de um a três salários mínimos.
E, por razões
amplamente conhecidas, o país se encontra com uma crise econômica
muito forte, e não estão sendo utilizados esses recursos para a
construção do número necessário de habitações populares na
Cidade.
Mas, no caso concreto,
objeto do meu comentário, o GHC merece esse apoio do Município de
Porto Alegre.
Dirão que os próprios
empregados, servidores do GHC vieram aqui na Casa e denunciaram
equívocos - para ser delicado na expressão - na política
administrativa do órgão, na sua gestão administrativa, mas, mesmo
considerando isso, por mais deficiente que seja a administração
presente do GHC, apoiá-lo é uma questão de justiça, porque ele
tem uma importância extraordinária em toda a Zona Norte de Porto
Alegre e estende a sua atuação para outras áreas da Cidade; além
da Zona Norte, entra forte na Zona Leste, ultrapassa os limites do
Município, passa o Arroio Feijó, vai para Alvorada, passa por
Gravataí, vai para Cachoeirinha, vai, enfim, para toda a Grande
Porto Alegre, que se socorre, no geral, do Grupo Hospitalar Conceição
e, muito especialmente, do Hospital Cristo Redentor, que é o
pronto-socorro da Zona Norte de Porto Alegre.
E vamos acelerar esse
processo o máximo possível, para que, com a brevidade devida, nós
possamos concluir o seu exame, aprová-lo e dar condições legais
para que o Município perpetue a sua boa intenção, transferindo a
área desafetada para o domínio, posse e propriedade do GHC e, com
isso, contribua objetiva e tranquilamente para a realização das
expansões que o GHC está desenvolvendo na Zona Norte de Porto
Alegre.
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Pujol