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| Código: 40037 Foto: Elson Sempé Pedroso /CMPA |
Eu tive uma manhã
muito triste ontem, porque eu ouvi o noticiário local impregnado de
informações negativas contra o projeto Minha Casa, Minha Vida. E a
minha tristeza se deve, e todos sabem que tenho um apresso
especialíssimo pelo Diretor do Departamento Municipal de Habitação,
que, no meu entendimento, se não for o melhor, é um dos melhores
colaboradores que tem o Prefeito Fortunati –, porque o
Diretor-Geral do DEMHAB, como de resto todo o Município, entrou
nessa esparrela do Minha Casa, Minha Vida, que, por inúmeras vezes,
como eu denunciei desta tribuna, é mais uma das tantas fantasias que
o Governo do PT montou neste país. Só faltava isto agora: além do
rolo da Petrobras, além da confusão na eletrobrás, além de
corrermos o risco do apagão, com o Governo determinando apagão
forçado para castigar o consumidor brasileiro, além do aumento dos
impostos, além do aumento dos juros, aparece esta notícia
desagradável de que existe um mercado paralelo de extorsão de
dinheiro da cidadania na transferência de direitos do Programa Minha
Casa Minha Vida. E aí, inclusive, há uma confusão enorme, já
admitida pela Caixa Econômica Federal, de que a vedação da
transferência de direitos só ocorre na primeira faixa do Programa
Minha Casa Minha Vida. E este que se destina a famílias de renda de
um a três salários mínimos tem uma presença muito pálida aqui no
Município de Porto Alegre, muito pouca, e todos lembram quando eu
disse que ia sair à procura dessas casas que tem aí, porque o povo
estava na porta do meu gabinete pedindo por habitação, e não
tinha. Evidentemente que agora destamparam a caixinha, agora começa
a aparecer tudo. Casa para o povo, que dizem que eram milhões,
milhares, aqui em Porto Alegre são muito poucas. Estes terrenos que
nós aqui autorizamos a Prefeitura a dar, o Fundo de Arrendamento
Residencial, que a Casa autorizou e que são milhões de metros
quadrados, muito pouco foi aproveitado. Arrumam um rolo daqui, um
rolo dali, e muito pouco tem. A maioria dos imóveis que aparecem
como sendo Minha Casa Minha Vida, quando o são, efetivamente, são
da faixa de renda de três a seis salários mínimos, que é
considerada, hoje, pelas estatísticas do Governo, como da classe
média. O Governo, para fazer estatísticas, estabelece que, quem
ganha de R$ 2 mil a R$ 4 mil, é classe média. Eu não sei o que o
Eike Batista e estes caras das empreiteiras que estão presos são...
Se eu sou riquíssimo, imaginem eles, que roubaram a quantidade que
roubaram, fazendo essa maracutaia junto com os diretores da
Petrobras.
Eu estou muito triste,
porque tenho uma vida inteira dedicada à habitação popular. Eu
tinha a esperança de que, com o esforço do Everton, figura
magnífica, bom caráter, servidor público por vocação, nós
pudéssemos fazer agora uma grande arrancada neste processo, mas vejo
que também aqui a coisa vira o fio, o discurso pré-eleitoral se
modificou. A própria Caixa Econômica Federal já anuncia que vai
reduzir os recursos para financiamento habitacional, vai
exclusivamente se restringir à aplicação dos recursos dos fundos
obrigatórios: FGTS, FAT. O restante dos recursos orçamentários que
necessariamente teriam que surgir para implementar especialmente a
faixa de um a três salários mínimos, esse não existe mais.
Outro assunto que
manifesto minha opinião é sobre o Aeroporto Salgado Filho, que é
uma das tantas mentiras deste Estado e deste País. Há 20 anos eu
ouço dizer que vão aumentar o aeroporto. Já fui a três, quatro,
cinco, a inúmeras reuniões. Fui até lá no aeroporto fazer
reunião. O Ver. Nedel, que é da Frente de Turismo, me levou a
várias. Em todas eu ouvi: “Agora, vai! No ano que vem teremos
orçamento e vamos tocar!” Passa ano, vira ano, o governo se elege,
se reelege, permanece no governo, continuam mentindo e nada de
aeroporto!
Agora chegou o Sr.
Eliseu Padilha que virou, de novo, Eliseu Padilha, pois quando estava
no Governo Fernando Henrique o PT dizia que se chamava “Eliseu
Quadrilha”. Eu nunca fiz essa injustiça com o deputado, para mim
ele é, foi e sempre será Eliseu Padilha, que é um hábil político,
pois, para justificar todo esse fracasso vem inventar história. Não!
“Vamos parar por aqui e vamos fazer o novo aeroporto.” Ora, nem
mel nem porongo; nós não vamos ampliar este aeroporto e tampouco
ver o outro construído! Não podemos entrar nessa farsa! O Rio
Grande tem que se unir e exigir: cumpram a promessa e concluam a
pista do Aeroporto Salgado Filho, porque é uma exigência do
desenvolvimento do Rio Grande do Sul e é uma questão de segurança
para os voos que aqui chegam, que não precisarão mais ir aterrissar
em Canoas, como foi o caso do avião que conduzia o Deputado
candidato à presidência da Câmara Federal Júlio Delgado, do
Partido Socialista Brasileiro.

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