quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

MINHA CASA... MINHA TRISTEZA

Código: 40037
Foto: Elson Sempé Pedroso /CMPA
Eu tive uma manhã muito triste ontem, porque eu ouvi o noticiário local impregnado de informações negativas contra o projeto Minha Casa, Minha Vida. E a minha tristeza se deve, e todos sabem que tenho um apresso especialíssimo pelo Diretor do Departamento Municipal de Habitação, que, no meu entendimento, se não for o melhor, é um dos melhores colaboradores que tem o Prefeito Fortunati –, porque o Diretor-Geral do DEMHAB, como de resto todo o Município, entrou nessa esparrela do Minha Casa, Minha Vida, que, por inúmeras vezes, como eu denunciei desta tribuna, é mais uma das tantas fantasias que o Governo do PT montou neste país. Só faltava isto agora: além do rolo da Petrobras, além da confusão na eletrobrás, além de corrermos o risco do apagão, com o Governo determinando apagão forçado para castigar o consumidor brasileiro, além do aumento dos impostos, além do aumento dos juros, aparece esta notícia desagradável de que existe um mercado paralelo de extorsão de dinheiro da cidadania na transferência de direitos do Programa Minha Casa Minha Vida. E aí, inclusive, há uma confusão enorme, já admitida pela Caixa Econômica Federal, de que a vedação da transferência de direitos só ocorre na primeira faixa do Programa Minha Casa Minha Vida. E este que se destina a famílias de renda de um a três salários mínimos tem uma presença muito pálida aqui no Município de Porto Alegre, muito pouca, e todos lembram quando eu disse que ia sair à procura dessas casas que tem aí, porque o povo estava na porta do meu gabinete pedindo por habitação, e não tinha. Evidentemente que agora destamparam a caixinha, agora começa a aparecer tudo. Casa para o povo, que dizem que eram milhões, milhares, aqui em Porto Alegre são muito poucas. Estes terrenos que nós aqui autorizamos a Prefeitura a dar, o Fundo de Arrendamento Residencial, que a Casa autorizou e que são milhões de metros quadrados, muito pouco foi aproveitado. Arrumam um rolo daqui, um rolo dali, e muito pouco tem. A maioria dos imóveis que aparecem como sendo Minha Casa Minha Vida, quando o são, efetivamente, são da faixa de renda de três a seis salários mínimos, que é considerada, hoje, pelas estatísticas do Governo, como da classe média. O Governo, para fazer estatísticas, estabelece que, quem ganha de R$ 2 mil a R$ 4 mil, é classe média. Eu não sei o que o Eike Batista e estes caras das empreiteiras que estão presos são... Se eu sou riquíssimo, imaginem eles, que roubaram a quantidade que roubaram, fazendo essa maracutaia junto com os diretores da Petrobras.
Eu estou muito triste, porque tenho uma vida inteira dedicada à habitação popular. Eu tinha a esperança de que, com o esforço do Everton, figura magnífica, bom caráter, servidor público por vocação, nós pudéssemos fazer agora uma grande arrancada neste processo, mas vejo que também aqui a coisa vira o fio, o discurso pré-eleitoral se modificou. A própria Caixa Econômica Federal já anuncia que vai reduzir os recursos para financiamento habitacional, vai exclusivamente se restringir à aplicação dos recursos dos fundos obrigatórios: FGTS, FAT. O restante dos recursos orçamentários que necessariamente teriam que surgir para implementar especialmente a faixa de um a três salários mínimos, esse não existe mais.
Outro assunto que manifesto minha opinião é sobre o Aeroporto Salgado Filho, que é uma das tantas mentiras deste Estado e deste País. Há 20 anos eu ouço dizer que vão aumentar o aeroporto. Já fui a três, quatro, cinco, a inúmeras reuniões. Fui até lá no aeroporto fazer reunião. O Ver. Nedel, que é da Frente de Turismo, me levou a várias. Em todas eu ouvi: “Agora, vai! No ano que vem teremos orçamento e vamos tocar!” Passa ano, vira ano, o governo se elege, se reelege, permanece no governo, continuam mentindo e nada de aeroporto!

Agora chegou o Sr. Eliseu Padilha que virou, de novo, Eliseu Padilha, pois quando estava no Governo Fernando Henrique o PT dizia que se chamava “Eliseu Quadrilha”. Eu nunca fiz essa injustiça com o deputado, para mim ele é, foi e sempre será Eliseu Padilha, que é um hábil político, pois, para justificar todo esse fracasso vem inventar história. Não! “Vamos parar por aqui e vamos fazer o novo aeroporto.” Ora, nem mel nem porongo; nós não vamos ampliar este aeroporto e tampouco ver o outro construído! Não podemos entrar nessa farsa! O Rio Grande tem que se unir e exigir: cumpram a promessa e concluam a pista do Aeroporto Salgado Filho, porque é uma exigência do desenvolvimento do Rio Grande do Sul e é uma questão de segurança para os voos que aqui chegam, que não precisarão mais ir aterrissar em Canoas, como foi o caso do avião que conduzia o Deputado candidato à presidência da Câmara Federal Júlio Delgado, do Partido Socialista Brasileiro.

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