quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

AS MENTIRAS DO GOVERNO FEDERAL

No Plenário Otávio Rocha, o Ver. Janta, na sua manifestação, colocou com muita propriedade essa realidade que o País vive nos dias de hoje, especialmente com a falta de sintonia e coerência entre o discurso pré-eleitoral da Presidente da República e a sua prática nos dias atuais. A colocação do Ver. Janta, com a autoridade de ser líder da massa trabalhadora, coloca um aspecto. Quando se trata de colocar recursos à disposição dos fortes, o BNDES é solícito; quando se fala em garantir direito dos trabalhadores, agora é alegado ser exagerado, o que durante a campanha eleitoral foi apresentado como grandes conquistas dos trabalhadores e era assegurado pelo Governo da União. Se há 90 dias isso era um direito assegurado, agora vêm dizem que existem equívocos, que há excessos no projeto que garante ao desempregado coisa que já vêm desde os governos anteriores e que agora se busca alterar a regulamentação, sob a falsa alegação de que vão salvar a previdência social. Há muito tempo, quando foi Vereador nesta Casa, o ex-governador Jair Soares, ele já dizia que a seguridade social no Brasil não é deficitária, só se conta para a previdência parte daquelas contribuições que os empregadores e os empregados passam para a previdência. Agora, tudo o mais que entra na seguridade social, tudo o que é cobrado em tributos, impostos diretos e indiretos não é considerado. Se considerar tudo o que é da seguridade social, sobra dinheiro para manter a previdência para manter todos esses programas que agora querem alterar. O que ocorre é que as cobranças dos impostos, como Cofins, a contribuição sobre o lucro líquido das empresas, isso invés de irem para o programa da seguridade social vão para outros fins. Como disse bem o vereador, ex-conselheiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, vão para que sejam financiadas obras fora do País; para financiar as grandes empresas nacionais, todas essas que estão envolvidas com a Petrobras, são devedoras de altos valores para o BNDES, muito mais do que custa o seguro desemprego.
Então, este Governo, não tem o direito de fazer as mudanças que agora está querendo fazer. Se o governo que eu apoiei, que o senhor apoiou, fosse fazer alguma coisa nesse sentido, tinha que dizer: olha, não tinha nenhum compromisso de não mudar as coisas; pelo contrário, nós queríamos mudar. Não. Mas esses fizeram toda a campanha política para não mudar, para manter do jeito que estava, porque o Brasil era uma beleza, uma maravilha. E, na verdade, agora, destaparam a caixa de pandora, e a gente vê que no Brasil maravilhoso, dos tempos pré-eleitorais, essa bagunça, essa roubalheira, que hoje existe neste País.
Parece incrível, eu que sou liberal, estou absolutamente solidário com o Vereador Janta, porque o podre existe no socialismo, no liberalismo, em qualquer lugar, mas é a falta de respeito da autoridade constituída. E, mentindo para se eleger, acaba hoje não tendo respeito dos empresários, dos trabalhadores, de toda a Nação brasileira, que se soubessem um pouquinho dessa barbaridade que está acontecendo, com certeza, não teriam reeleito a Presidente Dilma, que foi reeleita com base em afirmações que hoje ela mesma se encarrega de desmentir.

Por isso, nesta nossa Reunião da Comissão Representativa, eu quero concluir afirmando o seguinte: o que existe de mais grave neste País é a falência da autoridade pública que perdeu o crédito, o direito de ser respeitada na Nação. Se alguns loucos estão querendo aí fazer, a qualquer custo, a retirada da Dilma do Poder – e que não tem a minha aprovação –, eles estão trabalhando em cima de uma realidade: a Presidente da República perdeu o respeito da Nação e, por isso, que querem derrubá-la do Poder a qualquer custo. Eu não quero, mas quero responsabilizá-la por esta Nação. Mentiu, tinha que pagar pelas suas mentiras!

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