No Plenário Otávio
Rocha, o Ver. Janta, na sua manifestação, colocou com muita
propriedade essa realidade que o País vive nos dias de hoje,
especialmente com a falta de sintonia e coerência entre o discurso
pré-eleitoral da Presidente da República e a sua prática nos dias
atuais. A colocação do Ver. Janta, com a autoridade de ser líder
da massa trabalhadora, coloca um aspecto. Quando se trata de colocar
recursos à disposição dos fortes, o BNDES é solícito; quando se
fala em garantir direito dos trabalhadores, agora é alegado ser
exagerado, o que durante a campanha eleitoral foi apresentado como
grandes conquistas dos trabalhadores e era assegurado pelo Governo da
União. Se há 90 dias isso era um direito assegurado, agora vêm
dizem que existem equívocos, que há excessos no projeto que garante
ao desempregado coisa que já vêm desde os governos anteriores e que
agora se busca alterar a regulamentação, sob a falsa alegação de
que vão salvar a previdência social. Há muito tempo, quando foi
Vereador nesta Casa, o ex-governador Jair Soares, ele já dizia que a
seguridade social no Brasil não é deficitária, só se conta para a
previdência parte daquelas contribuições que os empregadores e os
empregados passam para a previdência. Agora, tudo o mais que entra
na seguridade social, tudo o que é cobrado em tributos, impostos
diretos e indiretos não é considerado. Se considerar tudo o que é
da seguridade social, sobra dinheiro para manter a previdência para
manter todos esses programas que agora querem alterar. O que ocorre é
que as cobranças dos impostos, como Cofins, a contribuição sobre o
lucro líquido das empresas, isso invés de irem para o programa da
seguridade social vão para outros fins. Como disse bem o vereador,
ex-conselheiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social, vão para que sejam financiadas obras fora do País; para
financiar as grandes empresas nacionais, todas essas que estão
envolvidas com a Petrobras, são devedoras de altos valores para o
BNDES, muito mais do que custa o seguro desemprego.
Então, este Governo,
não tem o direito de fazer as mudanças que agora está querendo
fazer. Se o governo que eu apoiei, que o senhor apoiou, fosse fazer
alguma coisa nesse sentido, tinha que dizer: olha, não tinha nenhum
compromisso de não mudar as coisas; pelo contrário, nós queríamos
mudar. Não. Mas esses fizeram toda a campanha política para não
mudar, para manter do jeito que estava, porque o Brasil era uma
beleza, uma maravilha. E, na verdade, agora, destaparam a caixa de
pandora, e a gente vê que no Brasil maravilhoso, dos tempos
pré-eleitorais, essa bagunça, essa roubalheira, que hoje existe
neste País.
Parece incrível, eu
que sou liberal, estou absolutamente solidário com o Vereador Janta,
porque o podre existe no socialismo, no liberalismo, em qualquer
lugar, mas é a falta de respeito da autoridade constituída. E,
mentindo para se eleger, acaba hoje não tendo respeito dos
empresários, dos trabalhadores, de toda a Nação brasileira, que se
soubessem um pouquinho dessa barbaridade que está acontecendo, com
certeza, não teriam reeleito a Presidente Dilma, que foi reeleita
com base em afirmações que hoje ela mesma se encarrega de
desmentir.
Por isso, nesta nossa
Reunião da Comissão Representativa, eu quero concluir afirmando o
seguinte: o que existe de mais grave neste País é a falência da
autoridade pública que perdeu o crédito, o direito de ser
respeitada na Nação. Se alguns loucos estão querendo aí fazer, a
qualquer custo, a retirada da Dilma do Poder – e que não tem a
minha aprovação –, eles estão trabalhando em cima de uma
realidade: a Presidente da República perdeu o respeito da Nação e,
por isso, que querem derrubá-la do Poder a qualquer custo. Eu não
quero, mas quero responsabilizá-la por esta Nação. Mentiu, tinha
que pagar pelas suas mentiras!

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