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| Código: 52017 - Foto: Ederson Nunes / CMPA |
Minha posição já foi
anunciada quando, nos debates, no período de Comunicações ensejado
na Reunião da Comissão Representativa, nós podemos antecipar nossa
posição a respeito do assunto. Agora, o Vereador Cassio Trogildo,
traz informações preciosas, inclusive de quem se preparou para
enfrentar esse assunto, entre outras coisas, requerendo e obtendo da
Comissão Representativa a autorização para constituição de uma
Frente Parlamentar de apoio à ampliação da pista do Aeroporto
Salgado Filho e da conclusão das obras que ali já se iniciaram ao
longo do tempo e que patinam e não andam.
Quero, inclusive, nesse
particular, reconhecer que a Frente Parlamentar de defesa do turismo
em Porto Alegre, que o Ver. Nedel coordena, há mais tempo se debruça
sobre esse assunto. Nós mesmos, como coordenador da Frente
Parlamentar de apoio às obras da área do chamado PIEC – Programa
Integrado Entrada da Cidade –, temos pugnado por essas obras, entre
as quais a qualificação e adaptação às necessidades atuais do
Aeroporto Salgado Filho, que é uma das obras que mais se sobrepõem,
porque é um dos nossos Portais de Entrada na Cidade não só de
pessoas como na circulação de riquezas que ingressam e saem de
Porto Alegre pelo nosso aeroporto.
O Ver. Cassio foi
extremamente feliz na sua proposição, inclusive porque, o que é
mais importante, partiu do Líder do Partido Trabalhista Brasileiro.
Não pode ser entendido como manobra do Ver. Pujol, dos Democratas;
ou do Ver. Manfro, do PSDB; ou do Ver. Janta, do Solidariedade;
partidos que se opuseram à reeleição da Presidenta Dilma. Não. O
Partido do Vereador Cassio, do PTB, do PTB gaúcho, que sempre cumpre
com seus compromissos, que divergiu do PTB nacional e apoiou a
reeleição da Presidente Dilma, e que, inclusive, teve – ele, o
PTB gaúcho, o PTB pernambucano e outros PTBs dissidentes –
reconhecida essa lealdade à Presidenta que concorria à reeleição,
estão hoje integrando o Ministério através da ocupação do
Ministério de Integração Nacional.
Então não há uma
manobra política. O Vereador proponente, inclusive, da tribuna,
acertou esse aspecto. Há um claro reconhecimento de que nós não
podemos prescindir da ampliação já tardia dessa pista. Desde a
virada do século, desde o início do milênio que esse assunto se
trata. O Ver. Trogildo lembrou-se de que, no início de 2003, por
iniciativa da Frente Parlamentar de Turismo, esteve aqui a alta
direção da empresa pública estatal que cuida dos aeroportos –
não me lembro direito do nome dessa empresa porque ela é nula, ela
só aparece nas horas de confusão – e aqui os seus dirigentes
afirmaram estar tudo resolvido, ter recurso orçamentário, que as
coisas iam terminar, que grande parte das obras ficaria pronta antes
da Copa e, logo depois, as obras seriam concluídas.
Ora, passou a Copa,
passou tudo, e nem um metro a mais foi feito nessa pista, e a cancha
– essa é a expressão que usa o pessoal da engenharia – está
aberta há mais tempo; o Vereador aí deixou claro, já se gastaram
milhões para que essa obra fosse realizada. Felizmente grande parte
desses milhões de reais foi bem empregada, porque foi usada para
fazer a transferência de moradores que estavam lá em situação
irregular, em uma área não adequada à habitação popular, para
uma moradia digna. Felizmente não foi jogado no lixo esse dinheiro.
Aqui no Rio Grande do
Sul ainda nós temos a mania de cuidar bem do dinheiro público,
coisa que não é característica do Brasil de hoje. Como já
salientou o Ver. Cassio, esse recurso já foi bem empregado, mas o
principal de tudo, é que o problema persiste. Eu acentuei, quando me
manifestei anteriormente – e o Ver. Cassio o fez da mesma forma –,
a coincidência de que, no mesmo dia em que o Ministro Padilha falava
que não ia sair mais a ampliação da pista e, sim, ia ser feito um
novo aeroporto, numa verdadeira história da carochinha –,
sobrevoava Porto Alegre, com o necessário de tempo para consumir o
combustível que tinha como estoque, um avião que estava com
dificuldade no seu trem de pouso e que acabou aterrissando lá no
Município de Canoas, na base aérea, porque lá há mais de 500
metros de pista, e o pouso pôde ocorrer com mais segurança.
Então, as duas
proposições – a formação da Frente e, agora, esta Moção, que
é dirigida à Presidente Dilma, ao Ministro e ao Governador do
Estado – nós subscrevemos junto com o Vereador Cassio Trogildo. E
fizemos mais, fizemos um apelo: a Casa como um todo tem que se somar.
E mais ainda: a Cidade tem que se levantar, o Prefeito tem que
batalhar, o Governador do Estado tem que batalhar! O gaúcho não
pode ser enganado mais uma vez, não pode ficar no “enrolation”,
na enrolação! Ora, se isso ocorrer, não mais devemos pensar nas
glórias farroupilhas e nem cantar os nossos valores, porque é o
encolhimento do gaúcho diante do embuste, da enrolação, do
embrulho e, sobretudo, da utilização do fato para manobras
políticas, para garantir reeleições e depois serem abandonados.

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Caro amigo.
Obrigado por sua participação.
Pujol