quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

OBRAS SEM FIM DO AEROPORTO

Código: 52017 - 
Foto: Ederson Nunes / CMPA
Minha posição já foi anunciada quando, nos debates, no período de Comunicações ensejado na Reunião da Comissão Representativa, nós podemos antecipar nossa posição a respeito do assunto. Agora, o Vereador Cassio Trogildo, traz informações preciosas, inclusive de quem se preparou para enfrentar esse assunto, entre outras coisas, requerendo e obtendo da Comissão Representativa a autorização para constituição de uma Frente Parlamentar de apoio à ampliação da pista do Aeroporto Salgado Filho e da conclusão das obras que ali já se iniciaram ao longo do tempo e que patinam e não andam.
Quero, inclusive, nesse particular, reconhecer que a Frente Parlamentar de defesa do turismo em Porto Alegre, que o Ver. Nedel coordena, há mais tempo se debruça sobre esse assunto. Nós mesmos, como coordenador da Frente Parlamentar de apoio às obras da área do chamado PIEC – Programa Integrado Entrada da Cidade –, temos pugnado por essas obras, entre as quais a qualificação e adaptação às necessidades atuais do Aeroporto Salgado Filho, que é uma das obras que mais se sobrepõem, porque é um dos nossos Portais de Entrada na Cidade não só de pessoas como na circulação de riquezas que ingressam e saem de Porto Alegre pelo nosso aeroporto.
O Ver. Cassio foi extremamente feliz na sua proposição, inclusive porque, o que é mais importante, partiu do Líder do Partido Trabalhista Brasileiro. Não pode ser entendido como manobra do Ver. Pujol, dos Democratas; ou do Ver. Manfro, do PSDB; ou do Ver. Janta, do Solidariedade; partidos que se opuseram à reeleição da Presidenta Dilma. Não. O Partido do Vereador Cassio, do PTB, do PTB gaúcho, que sempre cumpre com seus compromissos, que divergiu do PTB nacional e apoiou a reeleição da Presidente Dilma, e que, inclusive, teve – ele, o PTB gaúcho, o PTB pernambucano e outros PTBs dissidentes – reconhecida essa lealdade à Presidenta que concorria à reeleição, estão hoje integrando o Ministério através da ocupação do Ministério de Integração Nacional.
Então não há uma manobra política. O Vereador proponente, inclusive, da tribuna, acertou esse aspecto. Há um claro reconhecimento de que nós não podemos prescindir da ampliação já tardia dessa pista. Desde a virada do século, desde o início do milênio que esse assunto se trata. O Ver. Trogildo lembrou-se de que, no início de 2003, por iniciativa da Frente Parlamentar de Turismo, esteve aqui a alta direção da empresa pública estatal que cuida dos aeroportos – não me lembro direito do nome dessa empresa porque ela é nula, ela só aparece nas horas de confusão – e aqui os seus dirigentes afirmaram estar tudo resolvido, ter recurso orçamentário, que as coisas iam terminar, que grande parte das obras ficaria pronta antes da Copa e, logo depois, as obras seriam concluídas.
Ora, passou a Copa, passou tudo, e nem um metro a mais foi feito nessa pista, e a cancha – essa é a expressão que usa o pessoal da engenharia – está aberta há mais tempo; o Vereador aí deixou claro, já se gastaram milhões para que essa obra fosse realizada. Felizmente grande parte desses milhões de reais foi bem empregada, porque foi usada para fazer a transferência de moradores que estavam lá em situação irregular, em uma área não adequada à habitação popular, para uma moradia digna. Felizmente não foi jogado no lixo esse dinheiro.
Aqui no Rio Grande do Sul ainda nós temos a mania de cuidar bem do dinheiro público, coisa que não é característica do Brasil de hoje. Como já salientou o Ver. Cassio, esse recurso já foi bem empregado, mas o principal de tudo, é que o problema persiste. Eu acentuei, quando me manifestei anteriormente – e o Ver. Cassio o fez da mesma forma –, a coincidência de que, no mesmo dia em que o Ministro Padilha falava que não ia sair mais a ampliação da pista e, sim, ia ser feito um novo aeroporto, numa verdadeira história da carochinha –, sobrevoava Porto Alegre, com o necessário de tempo para consumir o combustível que tinha como estoque, um avião que estava com dificuldade no seu trem de pouso e que acabou aterrissando lá no Município de Canoas, na base aérea, porque lá há mais de 500 metros de pista, e o pouso pôde ocorrer com mais segurança.

Então, as duas proposições – a formação da Frente e, agora, esta Moção, que é dirigida à Presidente Dilma, ao Ministro e ao Governador do Estado – nós subscrevemos junto com o Vereador Cassio Trogildo. E fizemos mais, fizemos um apelo: a Casa como um todo tem que se somar. E mais ainda: a Cidade tem que se levantar, o Prefeito tem que batalhar, o Governador do Estado tem que batalhar! O gaúcho não pode ser enganado mais uma vez, não pode ficar no “enrolation”, na enrolação! Ora, se isso ocorrer, não mais devemos pensar nas glórias farroupilhas e nem cantar os nossos valores, porque é o encolhimento do gaúcho diante do embuste, da enrolação, do embrulho e, sobretudo, da utilização do fato para manobras políticas, para garantir reeleições e depois serem abandonados.

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Pujol