021ª SESSÃO ORDINÁRIA
- 22MAR2012
Homenagem ao Ypiranga Futebol Clube, o “Ypiranguinha”
O SR. REGINALDO
PUJOL: Vereador Presidente, quero saudar o meu amigo
Tomasi, salientando que eu me considero, naturalmente, suspeito para falar
neste momento em que estamos reconhecendo a importância do nosso Ypiranguinha,
especialmente para o bairro Santana. É que o Tomasi, além de ser meu amigo,
hoje é Presidente do Clube, pela minha insistência, pois pedi a ele que
assumisse esse cargo. Vi a sua disposição de trabalho e sabia que ele seria um
bom Presidente, como vem sendo.
Quero, Ver. Haroldo, dizer a V. Exa. que o
nosso amigo pranteado amigo Feijão muitas vezes esteve comigo lá no
Ypiranguinha. E lá, nos últimos 30 anos, eu tenho convivido com inúmeros
Presidentes que foram se sucedendo, mantendo um clube com a colaboração de seus
associados e com aqueles apoios que vinham obtendo por uma razão ou por outra.
Hoje, o Ypiranga Futebol Clube, o Ypiranguinha da Princesa Isabel, do Clube de
Choro, das festas da Lena, do Schimidt, do botão, da bocha, do pingue-pongue,
esse Ypiranguinha é um dos raros clubes recreativos do Brasil que não deve para
o Governo, que não tem um déficit sequer na praça, que realiza obras e está se
modernizando com os seus próprios recursos. É exceção. Sabe o Ver. Dr. Raul,
que por vários anos presidiu a Associação dos Clubes, o quanto é duro hoje se
presidir uma entidade recreativa aqui em Porto Alegre, porque não há recursos
para isso. O Ypiranga não tem essa dificuldade. Ainda no último sábado, tive a
oportunidade de estar lá; estavam conosco o Ver. Dr. Humberto Goulart, que nos
honra com a presença hoje aqui, e o nosso querido Ver. Paulinho, uma bela
festa, demonstrando como é possível um grupo de homens e mulheres abnegados
manterem uma entidade tão tradicional, sem quebra da sua tradição, sem ônus
para o seu corpo social que não seja suportável e ter o respeito que tem o
Ypiranguinha ali no bairro Santana.
Não é por outra razão, Vereador, que dissemos
que o Ypiranguinha está para o bairro Santana assim como o Leopoldina Juvenil
está para o Moinhos de Vento. Com uma vantagem para nós: do Ypiranguinha eu sou
sócio, membro do conselho deliberativo, lá eu tenho o meu espaço garantido; na
outra entidade, para entrar, tenho que pagar ingresso. No Ypiranguinha, a gente
partilha. O Goulart vai lá, declama poesia; o Paulinho vai lá, cumprimenta Deus
e todo mundo, e a alegria predomina. Parabéns, Tomasi, leva um abraço para toda
a nossa turma que honra o nosso velho Lima, que nós temos saudade dele! Eu
falei hoje aqui em meu nome e no do Domingos, que está doente em casa, não pôde
estar conosco. Um abraço.
O SR. REGINALDO
PUJOL: Ver.ª Fernanda, presidindo os trabalhos; Ver.
Goulart e meu querido amigo Jorge Dusso, que representa o DEMHAB, eu queria,
inicialmente, saudar os amigos do DEMHAB que aqui nos prestigiam. Escolhi a
figura do Vicente Bueno Aires Trindade para, saudando-o, saudar os demais. Não
é porque o Vicente seja “velhinho” lá no DEMHAB, chegou lá comigo; é porque
ele, um ano e meio atrás, quando votamos aqui o Plano Diretor, por delegação do
Goulart, foi um dos melhores assessores que tive na elaboração do Projeto.
Então, é uma forma de reconhecer ao Vicente o bom trabalho que ele fez nos
assessorando. E nos comprometemos a ficar um tempo depois do... e recebê-lo lá
no meu gabinete, que temos alguns assuntos para resolver. Aliás, Ver. Goulart,
quero cumprimentá-lo porque Vossa Excelência, mesmo com todo o apoio da
logística, da Informática, não conseguiu narrar tudo o que queria no tempo que
lhe foi concedido ampliado. Isso demonstra, como disse o Paulinho, um momento
excepcional na vida do DEMHAB. Vossa Excelência confessou uma verdade que,
lamentavelmente, venho comentando e que é uma realidade, que é a quase
impossibilidade de se desenvolverem projetos para a faixa de zero a três
salários mínimos. Fato que não é um problema de Porto Alegre, é um problema do
Brasil; fato que vem a comprovar a existência de órgãos habitacionais nos
Municípios, porque eles têm o condão de ajustar os projetos à realidade
específica daquela área. Tudo isso que foi dito hoje aqui é – Paulinho, tu tens
razão – elogio aos atuais dirigentes dos Municípios, que estão criando figuras
como bônus-moradia e outras situações com as quais se busca ajudar. Porque, se
fôssemos esperar pelo programa nacional, montado, teríamos inúmeras habitações
para a população de três a seis salários mínimos, outras tantas para quatro a
dez salários mínimos, e nada para população de baixíssima renda. Esse é, em
última instância, o objetivo maior das nossas preocupações.
Por isso, Ver. Goulart, o meu tempo é muito
menor que o seu, quero lhe dizer que o Dr. Dusso, seu diligente colaborador,
está em débito comigo, e ele sabe por quê. Ele e a Dra. Isabel. E não pensem os
dois que quero a informação apenas para confirmar as coisas que já sei: quero
para oficializar um trabalho de colaboração que farei ao departamento. Tenho a
consciência, Paulinho, de que não existe projeto habitacional para a população
de baixa renda se os Municípios não se comprometerem por inteiro. A Restinga, e
sabe o Ver. Dib, só existe porque foi transferido aos moradores o custo das
casas, puro, sem considerar toda a infraestrutura que lá foi colocada. E o foi
por determinação dos Prefeitos da época, a começar pelo seu idealizador
Thompson Flores, e incrementada, de forma definitiva, pelo grande Prefeito
desta Cidade Guilherme Socias Villela.
Por isso, Dusso, quero dizer o seguinte:
agora o Goulart estará conosco aqui na Casa, e as minhas cobranças serão mais
fortes, porque estarei do lado dele, desse querido amigo que me dá a alegria de
o rever no dia de hoje, um dia muito especial para nós, para ti, Dusso, para
mim, para ele, para o pessoal do Ypiranguinha, para a comunidade do DEMHAB,
que, no fim, em algum momento, até se confundem e se transformam numa
comunidade única. O trabalho está muito bom, Goulart, tem muito mais coisas
para fazer, e não te apaixona demais por esse programa que vem feito lá de
Brasília e que, na base, não consegue funcionar. Muito obrigado.
O SR. REGINALDO
PUJOL: Sra. Presidente, em busca da ordem dos
trabalhos, nós tratamos que, no dia de hoje, a prioridade seria a exposição do
Diretor-Geral do DEMHAB a respeito do plano de ação da autarquia, do Programa
Habitacional do Município de Porto Alegre. O Diretor-Geral fez uma ampla
exposição, foi, por vários de nós, contestado ou questionado na tribuna, e lhe
foi assegurado um período para que ele pudesse nos responder. Eu acho que nós
não podemos discutir situações paralelas, que nada têm a ver com a visita dele
hoje nesta Casa. Então, eu peço que, imediatamente, fosse dada a palavra ao Dr.
Goulart, para que ele cumpra o seu objetivo aqui na Casa. (Palmas.)
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