012ª SESSÃO ORDINÁRIA - 01MAR2012
O SR. PRESIDENTE (Mauro
Zacher): Encerramos o período de Pauta.
Hoje
temos o comparecimento do Sr. Flávio Presser, Diretor-Geral do
Departamento Municipal de Água e Esgoto - DMAE, que abordará assunto relativo
ao fornecimento de água tratada na cidade de Porto Alegre.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr.
Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, infelizmente fui convocado pelo
Ver. Brasinha e me afastei aqui do plenário. Isso fez com que eu não visse uma
repetição de comportamento, o que, posteriormente se consolidou. Vejo, mais uma
vez, aqui, a velha discussão entre o sim e o não, entre o certo e o errado; a
oposição achando que o DMAE está errado; o Governo, evidentemente, achando que
está certo. Como não sou nem da oposição nem do Governo, fico muito à vontade
para vir à tribuna dizer, com muita segurança, o seguinte: quem vai sair
satisfeito hoje, daqui, é o Diretor do DMAE, porque parece que a sua explicação
foi de tal forma consistente que se faz de tudo menos indagar a respeito
daquilo que ele afirmou.
Há
uma grande discussão de que se tem dinheiro guardado no DMAE ou se não se tem
dinheiro guardado. Estão guardando bem o dinheiro do DMAE, e eu vou bater
palmas. Não posso querer que o DMAE não guarde bem os recursos que tem na sua
poupança estratégica, até porque o Diretor-Geral do DMAE, a sua Diretoria
financeira e contábil não pode simplesmente dispor do dinheiro do jeito que
quer. Se começa a colocar o dinheiro do DMAE, sem autorização adequada no
Orçamento da Prefeitura, atendendo inclusive aos clamores de alguns de que isso
vai servir para construir escolas, isso é desvio de finalidade. E isso, em vez
de trazer prejuízo para a Direção do DMAE, vai trazer é responsabilização por
essa postura absolutamente equivocada.
Então,
Vereador-Presidente, eu gostaria de registrar que ouço, do Diretor-Geral do
DMAE, explicações adequadas sobre determinadas situações pontuais. Tenho
absoluta confiança de que, com a responsabilidade que caracteriza a Direção do
DMAE, os problemas pontuais que hoje, neste período de grande calor que tomou
conta da Cidade - inclusive, há poucos minutos tivemos que tirar o paletó, cujo
uso é uma exigência regimental -, possam, nesse intermédio, sem que haja desvio
dos recursos poupados pelo DMAE sejam utilizados para o enfrentamento de
algumas situações.
Não
resta dúvida nenhuma, meu caro, Dr. Presser, de que a Zona Sul, o Extremo Sul
da cidade de Porto Alegre vive hoje uma transformação muito grande, com um
grande número de novas unidades habitacionais que lá surgem, até mesmo com o
Programa Minha Casa, Minha Vida, somado aos novos loteamentos, e a necessidade,
evidentemente, de se atender a essas áreas multiplicam e explodiram qualquer
planejamento que pudesse chegar aqui em Porto Alegre.
É
verdade, ninguém de sã consciência admitiria que fosse tão grande a
transformação naquela área, mas foi. E agora que ela surgiu, não me resta outra
coisa senão, nesses poucos segundos que ainda me restam, dizer ao Diretor do
DMAE que a minha pergunta é acompanhada de uma resposta. O DMAE só pode
concordar com isso, investir forte naquela área, porque, inclusive, terá um
retorno tão bom quanto àquele que fez com que ele pudesse ter uma economia na
ordem de R$ 300 milhões. Meus cumprimentos. Saiba que eu sou independente, se
V. Exa. fizer alguma coisa que não está escrito como correto, vai ter o meu
protesto. Mas como até agora eu só vi o senhor ser acusado de fazer coisas
certas, tem o meu aplauso. Muito obrigado.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr.
Presidente, Ver. Haroldo de Souza; Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores; antes de
mais nada, quero cumprimentar o Ver. Elói Guimarães pelo seu pronunciamento. Na
verdade, as lições de tolerância, de diálogo e de renúncia do ex-Presidente da
República o fazem grande. A história, certamente, lhe fará justiça. Meus
cumprimentos pelo seu pronunciamento.
Sr.
Presidente, eu venho à tribuna porque o jornal Zero Hora no dia de hoje, na
pág. 48, no espaço destinado às notícias da Região Metropolitana, traz uma
matéria cuja manchete é “Lei de construções pode perder força”, que apresenta
manifestação da Ver.ª Sofia Cavedon. É repetitiva, Ver. Haroldo, pois é uma
posição por ela já externada nesta tribuna sabidamente equivocada e devidamente
esclarecida quando do encaminhamento da Emenda nº 12 ao Projeto do EIV, que,
por ter sido aprovado por 18 Vereadores e rejeitado por sete, não alcançou o
quórum e retorna à votação na segunda-feira. Tenta-se, através da mídia, uma
distorção do processo. Está absolutamente claro, os Anais registram - nós tivemos
o cuidado de hoje solicitar à Taquigrafia - e está ali perfeitamente claro que
esse fato foi devidamente esclarecido antes que ocorresse a votação, que agora
será renovada. Ficou muito bem explicitado que, por mais confusão que se
quisesse fazer, o objetivo efetivo da Emenda eram os itens II, III e VI do § 1º
do art. 8º do Projeto de Lei.
Então, estou fazendo essa colocação, estou
encaminhando ao jornal Zero Hora um esclarecimento, vou registrar na Casa, vou
anexar uma manifestação para que conste nos Anais, para que não haja esse
subterfúgio na votação da próxima segunda-feira. Está mais do que claro o que
foi votado e o que ocorrerá em renovação de votação. Por isso, eu lamento que
não esteja presente, no momento, a Ver.ª Sofia, sempre muito diligente, que,
obviamente, por alguma razão, não está neste momento aqui na Casa - até há bem
pouco tempo estava -, pois ela certamente gostaria de oferecer algum reparo a
essa nossa colocação. E nós fizemos de forma muito explícita, não há por que se
fazer confusão. A Casa está devidamente esclarecida do que votou na
oportunidade e do que votará na nova oportunidade que regimentalmente, Ver.
Haroldo de Souza, se estabelece com um Requerimento feito pelo Ver. Mario
Fraga, que V. Exa. acolheu na ocasião e que a Casa sobre ele deliberou no dia
de ontem, ensejando que, na segunda-feira, nós nos reencontrássemos com esta
matéria. Fica claro, preciso, muito preciso, muito claro que os objetivos são
os que eu descrevi hoje, como havia descrito anteriormente quando daquela votação,
minutos antes, segundos antes até de que a votação ocorresse, através do
microfone de apartes, e com a plena concordância e consciência de quem dirigia
os trabalhos na ocasião. Muito obrigado, Ver. Haroldo de Souza. Concluo dentro
do tempo regimental, como é o seu pedido.
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