Entrou em discussão de Pauta, na Câmara Municipal, o Projeto de Lei do Legislativo de autoria da Mesa Diretora – o PLL nº 183/14 –, com o apoio de todos nós, que concede o Título de Cidadão Emérito de Porto Alegre, in memoriam, ao Sr. Lupicínio Rodrigues, o Negrinho de Ilhota. Ninguém vai me chamar de racista agora, porque eu disse que o nosso Lupicínio Rodrigues é o Negrinho de Ilhota.
Aliás, eu quero, com muita firmeza, dizer, em alto e bom tom, que esses últimos acontecimentos que têm ocorrido na Cidade, dos quais eu sou testemunha ocular porque participei de um embate em que esses fatos ocorreram, ainda vão merecer uma nova análise que não a passional, a análise que vem sendo feita até hoje.
Quando a gente fala do Lupicínio Rodrigues, que cantou em prosa e verso que os gremistas vão até a pé aonde necessário for para apoiar o seu clube, falamos da passionalidade com que as torcidas de futebol em geral – e eu me incluo, sou aficionado por futebol – se comportam em determinadas circunstâncias. Por isso eu acho que saudar o Lupicínio Rodrigues, autor do hino do nosso Grêmio, é uma homenagem muito justa que, in memoriam, a Casa faz ao Lupicínio no ano de seu centenário. E vem em grande momento porque um clube não pode ser acusado de ser racista quando o seu maior slogan foi cantado em prosa e verso por esse cidadão.
Por isso, tangencio um pouco para falar a respeito dessa situação, enfatizando, é bem verdade, a correção da homenagem que a Casa vai prestar a Lupicínio Rodrigues, à qual eu sou absolutamente solidário. Até, de certa forma, me conforto com o Ver. Delegado Cleiton, que na Câmara Municipal, enumerou os grandes negros que o Grêmio possui, citando, inclusive, o nosso querido amigo Tarciso Flecha Negra, sabidamente um dos baluartes da história do Grêmio. Também citou um que muito particularmente me comove, o Juarez Teixeira, o grande tanque, que, por anos a fio, fez a glória da camiseta tricolor com as sucessivas vitórias que o seu empenho nos proporcionou.
Agora, com firmeza, eu quero dizer da mesma forma que nós não vamos deixar fazer do nosso glorioso Grêmio um Cristo da época, sendo malhado por todos os lados. Essa história vai demorar, vai merecer um redesenho. Colocar o Grêmio, toda a nação tricolor, penalizá-la porque, num incidente, durante um jogo de futebol, algumas pessoas cometeram impropérios que não deveriam cometer?! Isso não pode passar em brancas nuvens.
Perdoem-me: não passem para nós a pecha de racista, o Tricolor não é racista! Muito antes pelo contrário: saúda, entre os seus ex-atletas, especialmente Everaldo Marques da Silva, que é uma estrela da bandeira tricolor. E não vamos confundir o nosso clube com episódios que têm que ser analisados no contexto em que foram realizados. Se nós formos observar o que dizem nos campos de futebol, a Nação tem que parar! Num campo de futebol, há poucos dias, a mais alta figura da República, a Presidente da República foi “homenageada” com impropérios de toda ordem! Nem por isso nós estamos condenando o público que estava lá presente e que cometeu esse desatino.
Concluo, dizendo, como diria o nosso Lupicínio: com o Grêmio, onde o Grêmio estiver e nas condições em que se encontrar! Não vão continuar a fazer esta campanha anti-tricolor que estão fazendo sem que nós, da tribuna ou fora dela, levantemos o nosso protesto!

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