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| Vereador Reginaldo Pujol Foto: Ederson Nunes / CMPA |
Comentei com a autora do Projeto de proibição de uso de
celulares, dentro de bancos, Ver.ª Mônica Leal, que queria votar a favor do seu
projeto, até pelo carinho que dedico a ela e pela atenção que eu reconheço essa
sua batalha permanente de quem está ocupada em votar o problema da Segurança
pública.
Terminou a preocupação; agora, nós temos que nos ocupar com
esse quadro, e a Vereadora se ocupou e propôs este projeto de lei. Todos que me
conhecem nesta Casa sabem que me assusta eu ler a ementa, e a primeira
expressão que eu vejo é “proíbe”.
Eu tenho, uma obstinada posição de contrariedade às
proibições. Eu ouvi a Ver.ª Mônica, que ela dirigia aos banqueiros, aos
estabelecimentos de banco, as suas preocupações e as suas ocupações. Mas, em
verdade, quem está sendo proibido de utilizar o telefone móvel celular, seja
por rádio amador ou similares, no setor de pagamento e recebimento das agências
bancárias, é o portador, é o cidadão, é a pessoa que está sendo proibida.
Vamos reconhecer que, na defesa da Segurança pública, nós
podemos colocar alguma restrição na vida de cada um. E aí continua a Vereadora,
como eu estou fazendo um esforço para superar as minhas dificuldades, vem esta
chuva de emendas, que agora eu já não sei mais o que eu vou votar.
Inicialmente, eu sabia isso.
Agora, eu quero alertar os senhores do seguinte: eu acho que
o desespero, pelo qual a sociedade brasileira está tomada, reflete nesta boa
intenção da Ver.ª Mônica. Na falência dos órgãos que tinham que nos assegurar a
segurança, há um desespero de todos. Agora, nós queremos tapar o sol com a
peneira, num buraco que a omissão dos governos federais e estaduais praticam,
nós vamos resolver desesperadamente, proibindo o uso do celular na lei
municipal! Mas onde é que estão os responsáveis pela segurança deste Estado e
deste País, alguns dos quais muito bem representados nesta Casa num discurso
dos mais qualificados?
Ora, que o fato existe é incontestável! Que há uma
insegurança grassa em geral nesta Cidade é um fato também incontestável! E que
a Ver.ª Mônica se dignou, se ocupou e trouxe um projeto que, agora... - já não
entendo mais - É outro fato.
Nós estamos nesse impasse: reconhecer a responsável e
corajosa posição da Ver.ª Mônica Leal: levantar esse projeto e trazê-lo à
discussão, se impõe a quem, como nós, não tem nenhum preconceito com quem quer
que seja, muito menos com ela, para a qual dedicamos um carinho muito grande.
Agora, é um desespero de quem não é mais protegido e que vê
a sua sociedade desprotegida, o que gera esse projeto, se incumbe da mesma
forma, porque nós estamos aqui, desesperados, querendo que Porto Alegre tenha
segurança! Porto Alegre teve segurança na Copa, porque houve um clima favorável
para isso. E, agora, desaparece por quê? Vamos fazer uma lei, então: que Porto
Alegre tenha permanentemente um clima de Copa de Mundo, com segurança igual
para todos!

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Caro amigo.
Obrigado por sua participação.
Pujol