![]() |
| Foto: Guilherme Almeida/CMPA |
Saudei, muito especialmente ao Secretário Adjunto do Idoso, André Canal; à Sra. Coordenadora do Centro de Referência às Vítimas de Violência - CRVV; ao Delegado Antônio Machado; à Comissária Analdina Nunes; enfim, aos nossos convidados que nos deram alegria pela presença no período destinado a debater o assunto Violência contra a pessoa idosa, aqui na Câmara de Vereadores.
Muitas vezes tenho oportunidade de brincar com os meus colegas, eu, que tenho 75 anos, mexo com eles dizendo o seguinte: cuidado com a forma com que vocês vão me tratar, afinal de contas eu sou protegido pelo Estatuto do Idoso.
Em verdade, o mundo moderno vive um paradoxo extremamente singular: é que a ciência médica, os bons costumes, os hábitos mais salutares, as prevenções fizeram com que a idade média das pessoas, estendesse-se por muito tempo. Obviamente que, há alguns anos, alguém com 75 anos não estaria assim copiosamente escrevendo que nem eu estou lhes escrevendo, como se eu fosse uma exceção.
Não sou uma exceção.
As pessoas, hoje, felizmente, têm uma longevidade bem maior do que há 10, 20, 30 anos. Então, nessa linha, eu quero saudar o trabalho que a Secretaria de Direitos Humanos tem feito aqui em Porto Alegre, que é bem amplo, não se restringe ao idoso, vai mais longe, protege as mulheres, a população LGBT, investiga também a questão da exploração sexual, bem como a discriminação de raças e etnias, cumprindo, aliás, objetivamente, um compromisso com o Município, que os estabeleceu na sua Lei Orgânica, com a Lei Complementar nº 350/95, quando os estatuiu, e, mais do que isso, comprometeu-se com eles perante a sociedade. Então, eu saúdo o trabalho que vem sendo desenvolvido, especialmente esse intercâmbio positivo em que as autoridades municipais e estaduais, num trabalho de complementação, vêm realizando.
Com toda sinceridade, eu diria que, apesar do desgaste do tempo, eu ainda tenho expectativa de mais alguns anos de vida - e me cuido para tanto -, mas nem todos dispõem da mesma possibilidade que eu disponho, e é aí que se agiganta o grande trabalho que os senhores e as senhoras desenvolvem, qual seja, de proteger aqueles que, por alguma razão, alcançaram a longevidade, mas encontram dificuldade na sua sobrevivência.
Nesse sentido, acho que os pronunciamentos que ocorreram no Plenário da Câmara, muito especialmente o do Ver. Maroni, do Ver. Canal, da Ver.ª Lourdes, foram todos em reafirmaram o compromisso que a Casa como um todo tem com essa causa. E aqui fico à vontade que não estou legislando em causa própria, nós somos o conjunto, nós somos o coletivo. E a atividade que a Delegacia do Idoso desenvolve,a atividade do Centro, desenvolvido com tanta eficiência, da própria Secretaria de Direitos Humanos, enfim, o trabalho dos senhores e das senhoras é de tal grau e de tal relevância que não dá para se dizer que na Câmara, há um defensor desta causa, há inúmeros defensores comprometidos com ela e prontos a, sempre que provocados, responderem afirmativamente, e quando não provocados, contestar porque não sendo provocado a contribuir com a solução e com os embates desenvolvidos pela causa. Nesta linha, manifesto a minha alegria em ter esse espaço destinado ao debate público com segmentos importantes da sociedade, ocupado por quem o ocupou, e dizer-lhes da nossa alegria em recebê-lo e renovar, claro, objetivamente, alto e bom som: contem conosco.

Nenhum comentário:
Postar um comentário
Caro amigo.
Obrigado por sua participação.
Pujol