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| Foto: Guilherme Almeida/CMPA |
Amigos, obviamente que eu não diria novidade nenhuma ao
reafirmar a minha condição de gremista, conselheiro do Grêmio Foot-Ball Porto
Alegrense, mas respeitador permanente do Sport Club Internacional, não por ser
aquele adversário do meu Grêmio e que mais alegria me produz, mas por ter sido
o clube do meu pai, que foi o maior homem do mundo, a quem eu respeitava e por
quem era respeitado. Nós dois liberais nas nossas divergências esportivas.
Agora, depois de um largo período de discussão observo que há um desacerto
entre os nossos amigos do Sport Club Internacional a respeito da definição das
ruas do entorno do novo Gigante da Beira Rio. Pessoalmente quero confessar
lisamente que a circunstância de que um dos homenageados é a figura do Carlos
Medina, proposta pela Mesa da Câmara, em acordo com a direção do Sport Club
Internacional, em homenagem também aos Imperadores do Samba, escola a quem
pertenceu, na maior parte de sua vida o homenageado. Eu quero dizer que, com
relação a esse fato, até porque o Medina também foi um bom colorado, eu me
sinto muito à vontade de com isso me familiarizar e me solidarizar, na medida
em que indiscutivelmente aquele entorno do Internacional ficou muito tempo
gravado pela circunstância de ali mourejarem duas escolas de samba, uma banda,
enfim, um conteúdo carnavalesco. Aliás, vinculavam muito a Imperadores com o
Sport Club Internacional, como foi visto no desfile carnavalesco do ano do
centenário do Sport Club Internacional. Por isso, eu não tenho nenhuma
dificuldade em sustentar este meu voto favorável a esta homenagem. E almejo
sinceramente que haja um entendimento entre as várias lideranças do
Internacional, com assento na Câmara de Vereadores, com os dirigentes do Clube,
com o movimento em favor de determinados homens do Sport Club Internacional,
dizendo que até eu, como gremista, se tivesse que propor algum nome, iria
propor nomes como Rafael Strougo, Paulo Rogério Amoretty Souza, enfim, nomes de
pessoas com quem tive convivência durante a vida. Sei que foram presidentes do
Internacional. Arthur Dallegrave foi um dos homens que mais participou de
festividades conjuntas, exatamente naquele período de festejos do Grêmio Porto
Alegrense. Todos merecedores! Entenderam de colocar o nome do Fernandão, com
quem eu tive a oportunidade de falar uma única vez na vida: quando era Deputado
na Assembleia Legislativa, o Tinga levou o Fernandão lá para uma causa
extremamente nobre. E eu fiquei deveras impressionado com as qualidades
pessoais daquele rapaz, que após ter tido grandes desempenhos desportivos, teve
uma morte acidentada, que a comunidade vermelha, juntamente com a tricolor,
muito lamenta e muito reclama que tenha ocorrido esse final tão trágico para o
grande Fernandão. Então, não há dúvida com relação ao Fernandão, e todos dizem
nesse sentido.
Parece que a outra rua teria problema. O nome proposto é
também de Nestor Luwig, grande colorado, grande demais até. Eu, como gremista,
reclamei muitas vezes a sua atuação na Comissão de Arbitragem. Um cidadão de
bem, acima de tudo, eu não terei dificuldade em votar no nome de nenhum desses
dois nomes que estão sendo sugeridos. Mas quanto aos entendimentos em tendência
de mudar essa situação, eu haverei de compreender, porque entendo e resguardo à
comunidade colorada a prerrogativa de propor os nomes do entorno do seu
estádio. Como gremista, quero proclamar esse direito, como Vereador votarei
tranquilamente, dignamente a proposta que me for considerada. Se hoje há um
adiamento dessa situação, aguardemos os acontecimentos para um posicionamento
final.

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