O
SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O
Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para uma Comunicação de
Líder.
O
SR. REGINALDO PUJOL: Sr.
Presidente, senhoras e senhores Vereadores, estou vindo de uma visita feita
conjuntamente com o Presidente da Câmara – hoje, no exercício da Prefeitura
Municipal – ao viaduto Otávio Rocha, que é, frequentemente, objeto de
intervenções aqui na Casa, especialmente produzidas pela Associação de
Permissionários que atua naquele próprio municipal. Acho que a visita, se mais
consequência não trouxe – e não trará –, ao menos confirma as colocações que se
têm levado às autoridades municipais quanto à necessidade de se fazer uma forte
intervenção naquela área, especialmente tendo em vista o seu valor histórico e,
sobretudo, o seu enquadramento na paisagem urbana da
Cidade.
Minha querida Ver.ª Fernanda Melchionna,
Vossa Excelência, por largo tempo, morou na Rua Duque de Caxias e conseguiu
conviver com o Viaduto, olhando-o de cima para baixo. Já eu me encontro na
situação inversa: morando aqui no antigo bairro Cidade Baixa, hoje integrado ao
Centro Histórico de Porto Alegre, tenho, na parte inferior do Viaduto da Borges
de Medeiros, uma passagem quase que obrigatória no meu deslocamento, tanto a pé,
quanto de veículo. Então, nós não desconhecemos quantos têm contado a existência
de problemas que já estão quase diplomados, porque já têm uma duração que se
alonga no tempo, Ver. DJ Cassiá, V. Exa. que fez um belo pronunciamento a
respeito de um tema, também muito presente, que é a preservação da cultura, a
sua intensificação, especialmente a cultura regional.
Por isso, eu quero, da tribuna, salientar
que, reconhecendo o trabalho que a SMOV começa a fazer, de recuperação do piso
das calçadas do passeio público do nosso Viaduto Otávio Rocha, atividade essa
que vem em boa hora... Até porque, ontem, eu recebi na minha casa uma
correspondência do Centro Administrativo do Centro da Cidade, dentro do Projeto
da Recuperação dos Passeios Públicos, fazendo algumas afirmações – eu fiquei até
assustado, pela veemência –, e o primeiro impulso que tive ontem à noite, quando
li essa correspondência, Ver. Dib, V. Exa. que é o mais competente Líder que o
Governo já teve na sua história aqui na Casa, foi o de reafirmar a opinião que
tenho, a qual V. Exa. conhece bem. Na minha opinião, o Governo não tem a menor
autoridade para cobrar dos particulares, – e até discutíamos isso outro dia, não
é, Ver. Todeschini? –, quando ele não faz a sua parte. Então, nesse próprio
trecho, hoje, a recuperação do Viaduto Otávio Rocha está sendo feita lentamente.
Eu disse lentamente, porque precisa ser lento mesmo, por ser um trabalho quase
que artesanal, é peça por peça que precisa ser substituída. Quando quebra um
pedacinho de um ladrilho daqueles, é preciso que outro o substitua, não dá para
recompô-lo, porque ele forma um mosaico, um desenho, que não permite esse
sequenciamento que, normalmente, seria possível. Então, aquele desenho
maravilhoso, que todos nós já conhecemos como é bonito, característico da área,
tem uma conservação muito complicada; como, também, é a conservação do passeio
do Cinema Capitólio, que foi refeito há dois, ou três anos, e que hoje já se
encontra em situação deplorável. Acho que nós vamos ter que repensar esse
conceito de passeio público, essa própria Lei que responsabiliza exclusivamente
os proprietários com a sua conservação. O próprio nome já diz: passeio público.
Ou seja, o público utiliza aquela área. Imaginem se a moda pega. Daqui a pouco,
vão querer que a gente conserve a rua, a pavimentação, por onde passam os
veículos.
Eu acho que já se transfere em demasia para
a sociedade uma série de incumbências, então, nós deveríamos ter um pouco mais
de cautela, especialmente na colocação dos termos que eu vi numa correspondência
que me foi enviada, a qual, inclusive, aponta que na calçada à frente do meu
prédio teria irregularidades. E eu estou convidando o Secretário de Obras para
ir lá, fazer uma vistoria e me dizer qual a irregularidade que há, porque nós
fizemos tudo que tinha que ser feito. Porque pegam uma carta igual e mandam para
“gregos e baianos”...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Caro amigo.
Obrigado por sua participação.
Pujol