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| Foto: Ederson Nunes / CMPA |
Eu só quero deixar claro, para não haver dúvida nenhuma, que me foi atribuído um comportamento que eu não subscrevo: que no tempo que eu era oposição, quando vinham projetos do Governo no sentido de criar cargos, eu dizia: “não, não vou votar contra, porque isso é mais um carguinho para a companheirada”. Não há, nos anais da Casa, nenhuma afirmação nesse sentido, da minha parte. Nunca tive essa falta de grandeza, de não analisar os projetos adequadamente. Aliás, alguns vereadores chegaram um pouco mais tarde do que eu aqui na Casa; precisariam ouvir os ex-líderes do PT – o Marcelo, o Pestana – para saber a opinião deles sobre o meu comportamento como independente na Casa naquela ocasião. Não, eu jamais faria isso!
E se esse projeto está se referindo à situação dessa anomalia que há hoje na Administração Municipal, que exige dos secretários adjuntos a mesma coisa que diversamente é exigido dos titulares, eu quero dizer que isso não cria cargos novos, não – os cargos já estão criados; simplesmente se retira uma anomalia: o problema de exigência de currículos específicos, etc., pois uma atividade política, essencialmente de administração, de responsabilidade não comporta esse tipo de alegação. Isso é uma coisa muito clara, e eu não tenho por que esquecer que quem inspirou o Governo para essa tomada de posição foi fundamentalmente a circunstância que o nosso ex-colega, Ver. Brasinha, está ocupando a Secretaria Adjunta de Esporte do Rio Grande do Sul. E todos nós sabemos que ninguém precisa ser doutor para ser Secretário Adjunto de Esporte em Porto Alegre. Para quê? Tem que ter o que tem o nosso querido Brasinha: a simpatia, o relacionamento, o comportamento firme, positivo, que todos reconhecem nesse particular. Então, não se faça dúvida: nunca tive este gesto de impugnar a criação deste ou daquele cargo com este argumento tão frágil, tão inadequado de que estaria se criando cargo para a companheirada. Olha, criaram-se os cargos que foram necessários, os companheiros ou não companheiros assumiram; tem aí milhões, milhares de cargos, no Governo Federal, ocupados por petistas e não petistas, muitos dos quais ocupados por pessoas de bem, dignas, decentes, que eu só posso aplaudir que estejam trabalhando com o Governo Federal, como eu aplaudo a outros tantos petistas que um dia trabalharam para o Governo do Estado e que hoje, por circunstâncias, não estão mais na Administração Municipal e Estadual. Assim foi o caso do Carlos Pestana, que até pouco foi Secretário da Casa Civil, homem importante do Governo, que foi colega nosso aqui na Câmara, foi Líder do PT, Líder do Governo, comigo conviveu longamente e pode dar um depoimento a respeito do comportamento que eu tinha enquanto homem de oposição, enquanto homem independente com relação ao Governo estabelecido.

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Pujol