quinta-feira, 9 de abril de 2015

O TRANSPORTE DE ANIMAIS, E OS VOTOS

Foto: Elson Sempé Pedroso / CMPA
A ampla discussão a respeito desse Projeto de Lei do Executivo - PLE 027/13, que autoriza o transporte de animais domésticos de pequeno e médio porte, acompanhados por seus responsáveis, nos meios integrantes do sistema de transporte coletivo, seletivo ou individual do Município de Porto Alegre, com o apelido de cópia, enfim, a descaracterização que se procura fazer do mesmo, não esconde um fato que tem, repetidamente, sido praticado no Plenário da Câmara de Vereadores. Eu honestamente quero fazer um apelo aos colegas, indistintamente das suas posições políticas, para procurar pensar melhor a respeito disso. Quem acredita que alguém mude de voto pelos discursos aqui da tribuna, está cometendo um grave erro. É parte do pressuposto que as pessoas venham aqui para a Câmara e que não leram os projetos antes, que não procuraram se esclarecer. Numa situação de uma emenda de última hora, apresentada no projeto, pode ser que algumas alterações ocorram, mas em condições normais não vão ocorrer. Então ficar aqui na tribuna, fazendo cobrança, pedindo coerência; ora, é o pressuposto de que coerente neste Brasil só existe o PT. Eu poderia até dizer, me prevalecendo numa situação clara, no presente momento, que o PT, hoje, é a própria incoerência nacional, mas não vou fazer isso, não vou porque iria cometer o mesmo erro que estou criticando. 
Então, ninguém vai, de jeito nenhum, capitanear o meu voto. 
Como disse muito bem o nosso novo colega, que há bem pouco estava na Secretaria da Saúde e hoje está aqui junto conosco, o Casartelli, deram tempo para pensar; se alguém tinha uma posição e mudou, vai ser no Plenário questionado? 
Olha tu não podes votar a favor disso, porque votou o outro de forma diversa. Ora, o ex-Vereador Pedro Américo Leal, dizia o seguinte: voto não se explica, se assume. 
Os meus votos são assumidos, e quero até dizer com toda a clareza, que este tipo de jogo, não sei com relação aos demais colegas, mas com relação a mim, toda a vez que eu sou cobrado nas minhas posições eu fico mais fortalecido nas minhas posições, porque não vou precisar receber lições de como é que eu vou me comportar nessa Casa. Quando o PT era governo e eu era da oposição, era muitas vezes acusado, pelos meus colegas, de ser auxiliar do PT, por ter decidido várias votações a favor do PT, a favor do Governo. Porque, sim, eu entendi de fazê-lo na ocasião. Então, vamos parar por aí, está havendo um clima horrível nesta Casa. Não há dia em que não esteja algum colega às rusgas com outro. Isso não leva a coisa nenhuma.
Olha, essa matéria era mais do que conhecida, havia discussão sobre a precedência, se o ovo veio antes da galinha ou a galinha veio antes do ovo, não é o que nós deliberamos e decidimos nessa hora. Votamos esse projeto, e cada um votou na conformidade daquilo que entende que tinha que votar, e não seja cobrado, porque a cobrança não tem pertinência numa Casa Legislativa – Vereadores, Deputados, Senadores, enfim –, aqueles que têm mandato popular têm consciência, posição política e nela situam as suas posições, entre as quais, eu me incluo, modestamente, há 40 anos de vida pública que faço.

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