O PLCE nº 013/13
estava conosco há dois anos.
Dois anos!
E eu acho que, em boa
parte, sou responsável por essa protelação no seu exame. Quando
iniciou a discussão em torno do mesmo, quando ele passou pela
discussão preliminar, eu saudei da tribuna o projeto, pelo que
considero a sua melhor característica, a sua maior qualidade –
isso sob a óptica de legislador. O projeto tem o condão de
transformar em lei algo que até hoje foi tratado diretamente pelos
decretos, que é um poder exclusivo do Executivo, com o qual, hoje,
tenho vínculo, mas, como não somos perenes nesta Casa e nem os
Executivos são perenes, precisamos preservar o Estado de Direito
Democrático, e aquilo que é colocado na lei pelo legislador, se
amanhã, não for bom, a gente tira da lei, se houver o consenso da
maioria do Parlamento. Então, sob esse aspecto, o projeto é bom, é
muito bom.
Lendo o projeto mais
profundamente, eu tive dúvidas muito fortes. A maior – e o Ver.
Valter Nagelstein a conhece bem, porque discutimos isso no seu
gabinete com o representante da SMAM – era o parágrafo VI do art.
4º do projeto. Gerou-se um bom debate.
O meu relatório na
Comissão de Constituição e Justiça, prolatado no início deste
ano, oferece, inclusive, emendas, e buscava suprimir, pura e
simplesmente, o parágrafo VI do art. 4º do projeto. As
conversações, as discussões, os debates foram progressivamente
construindo saídas e alternativas, e, hoje, se o projeto não está
inteiramente do meu gosto, eu posso dizer que ele está adequado à
média das opiniões da Casa, porque vários Vereadores, contribuíram
com emendas. Eu, inclusive, contribuí com uma emenda. Vários outros
Vereadores contribuíram com emendas, e, pelo que observo, essas
emendas, na sua quase totalidade, foram aprovadas pela Casa. Eu
dizia, que, inclusive, as emendas da oposição, as que eu li, não
me assustaram, pessoalmente. Por mim eu respondo, não posso
responder pelo conjunto da Casa.
Acho que estamos
caminhando, para uma bela construção, decorrente de um bom debate,
de um bom exame e de um amadurecimento desta discussão. Acho que, de
certa maneira, estamos ajudando a se criar, a se inovar em termos de
defesa ambiental, de certa forma substituindo o que até hoje foi a
base, da discussão, que é a reposição vegetal, pela reposição
ambiental, já que uma bela expressão que para nós leigos é de
fácil compreensão diz que preservar o meio ambiente não é só
plantar árvores, é ir muito além de tudo isso. Eu não sou, por
formação, aferrado aos chamados dogmas; acho que toda verdade tem
suas várias faces e pode ser objeto de discussão e de entendimento.
No caso concreto, acredito que o projeto foi fortemente discutido;
teve, inclusive, há poucos dias, uma audiência pública aqui na
Casa, numa segunda-feira, quando mais uma vez o projeto foi
esmiuçado. E creio, honestamente, que o mesmo tinha todas as
condições de ser votado, com o acolhimento das várias
contribuições que me foram oferecidas, independente de onde
surgiram, pode que sejam da Comissão de Constituição e Justiça,
de onde ele saiu com algumas sugestões e colocações que foram
agasalhadas pelo Governo, que recuou, e através de uma mensagem
retificativa acolheu grande parte das propostas ali colocadas. Nós,
mesmos, Vereadores – o Ver. Márcio Bins Ely, eu, o Ver. Bernardino
Vendruscolo –, nos entendemos, pois nós três tinhamos emendas
sobre o mesmo assunto e conciliamos para ficarmos com uma só,
retirando as outras duas, facilitando, assim, o enfoque do assunto.
Essas emendas, quero proclamar concretamente, foram por nós – Ver.
Márcio Bins Ely, Bernardino Vendruscolo e por vários outros
Vereadores - insistentemente batalhadas, porque preservavam os
programas do Projeto Minha Casa, Minha Vida, que anda muito devagar
em Porto Alegre e que nós não queremos oferecer nenhuma outra razão
para que ande mais devagar ainda. Não é esta Câmara que cria
problemas para o andamento desses projetos; se não andam com a
rapidez que todos nós desejamos, não é culpa da Câmara, que toda
vez que é convocada para deliberar sobre assuntos que são colocados
como do interesse do Programa Minha Casa, Minha Vida dá respostas
positivas.
Por isso, manifesto
aqui a minha posição de forma transparente, clara, como é do meu
feitio, e digo que fui preparado para votar tranquilamente
concertando as posições, que, juntamente com vários outros
Vereadores com os quais combinamos aqui na Casa, para oferecer a
Porto Alegre esse instrumento pelo qual a Secretaria de Meio Ambiente
será fortalecida. Ela, a Secretaria do Meio Ambiente, irá dispor do
resultado do seu trabalho e desenvolver uma política de proteção
ao meio ambiente, que, repito, não é só plantando árvores, é
protegendo, efetivamente, o meio ambiente que assim se procede.
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