quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

MOÇÃO DE REPÚDIO

Há poucos momentos, uma pessoa que visitava aqui a Casa me perguntava se eu julgava relevante nós estarmos, discutindo a Moção de Repúdio à presença desse cidadão, Julien Blanc,  no território nacional. Eu disse a ele o seguinte: nesta Casa tudo se discute, e a relevância dos assuntos é muito difícil de a gente aquilatar, na medida em que para cada um há um enfoque diferente da matéria. Eu, sinceramente, quero dizer só que estranho a grande repercussão nacional que a mídia brasileira deu à presença deste cidadão no País. Para mim, simplesmente, uma figura ridícula, ridícula. Lá em Uruguaiana e Quaraí a gente iria dizer o seguinte: “Cão que muito ladra, não morde.” Eu tenho direito até de duvidar da virilidade desse cidadão, tamanho o marketing que ele faz em função de eventuais qualidades que ele teria, porque, quem as tem, utiliza na devida oportunidade. Por isso, eu tenho aqui na Casa algumas situações muito exemplares, eu vou perder, dentro em breve, um antagonista de 30 anos, o Ver. Pedro Ruas; pelas suas posições políticas nunca, dificilmente, nos somamos. Mas eu digo que o maior terror que pode existir é o terror subcolonial de pessoas que valorizam tipos como esse cidadão americano que vem aqui ao Brasil, diz um monte de bobagens, e a imprensa deu destaque para esse cidadão. Tinha que ser ignorado, até em defesa - não da mulher brasileira - em defesa da cidadania nacional. Não se pode conviver com um indivíduo ridículo como esse, a divulgação do seu nome, a sua criação em favor do mito, grande mito, símbolo sexual; isso é um imbecil, um idiota. Nesse ponto, eu quero dizer que para esse indivíduo e, pelo seu comportamento, nós perdemos tempo em conversar sobre ele aqui na Casa. Pior do que sacanagem, é perda de tempo conversar acerca de um imbecil desta ordem, que pensa que nós ainda estamos aqui no tempo do Pedro Álvaro Cabral, com os portugueses olhando a desnudez das nossas índias no tempo em que ele aqui chegou. Está equivocado esse cidadão. Aqui, no Brasil, nós temos gêneros diferentes, opções sexuais diferentes e todos nós, no fundo, abominamos estes falsos símbolos que pensam que nós somos uma subcolônia, onde eles podem dizer a besteira que eles querem dizer e terem ouvidos para essa besteira. O pior de tudo é que tem imprensa livre que - usando da sua liberdade, que eu defendo - dá espaço para um besta desta ordem!

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